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Tipo: Tese
Título: Violência familiar e comunitária, aspectos étnico raciais e problemas comportamentais externalizantes na adolescência
Autor(es): Santos, Vanessa Cruz
Autor(es): Santos, Vanessa Cruz
Abstract: Os problemas comportamentais atingem mundialmente cerca de 20% dos adolescentes, ocorrendo de forma diferenciada entre grupos étnico-raciais distintos. A raça/cor da pele, constructo social, histórico e culturalmente determinada, somada a ancestralidade biogeográfica a qual indica lugar de origem dos ancestrais de cada pessoa, tem sugerido que determinados grupos étnico-raciais marcados por iniquidades decorrentes do racismo, tornaram-se mais vulneráveis ás suas consequências. A experiência de desigualdades sociais entre adolescentes negros e de alto grau de ancestralidade africana, favorecem a exposição à violência familiar e comunitária e outros eventos estressores relacionados à ocorrência de problemas comportamentais externalizantes (PCE) na adolescência. Entretanto, observa-se uma lacuna na produção científica sobre está relação, principalmente no âmbito do conhecimento epidemiológico. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar o efeito da violência familiar e comunitária no curso de vida sobre a ocorrência de PCE na adolescência, examinando a influência da raça/cor da pele e da ancestralidade biogeográfica, enquanto modificadores de efeito nesta relação. Estudo transversal com 755 adolescentes da periferia de Salvador, integrantes do projeto Social Changes, Asthma and Allergy in Latin America (SCAALA). Instrumentos utilizados: Youth Self Report (YSR); Parent-Child Conflict Tactics Scales (CTSPC); questionários distintos que verificou violência comunitária na adolescência e características sociodemográficas dos participantes. Utilizou-se amostras de DNA de adolescentes africanos, europeus e ameríndios para genotipagem da ancestralidade biogeográfica. Encontrou-se prevalência de 35,23% para PCE, sendo os adolescentes com maiores chances de apresentarem esses problemas, aqueles do sexo feminino, que vivem com renda familiar mensal até um salário mínimo, de raça/cor da pele negra, alto grau de ancestralidade africana, expostos à violência familiar na infância como punição corporal e maus tratos físicos; todavia, alto grau de ancestralidade europeia foi fator protetor perante a ocorrência dos PCE. Exposição direta e indireta à violência comunitária, e percepção de alto nível desta violência pelo adolescente, associaram-se positivamente com a ocorrência desses problemas. Por fim, identificou-se que raça/cor da pele não modificou o efeito da relação entre exposições às violências familiar e comunitária, e a prevalência de PCE, observando-se, porém, tendência de elevação das OR’s no grupo de adolescentes negros em comparação aqueles não negros. A ancestralidade europeia modificou o efeito da relação entre punição corporal, exposição direta à violência comunitária, alto nível de violência comunitária onde reside conforme percepção do adolescente, e prevalência de PCE. Já a ancestralidade africana modificou a relação entre todas as exposições estudadas e os referidos problemas, tendo os adolescentes com alto grau de ancestralidade africana maiores chances de apresentá-los. Esses resultados sugerem esforços para, priorizar acesso aos serviços de saúde para estes adolescentes, a partir da promoção de ações de saúde mental, e o devido tratamento para aqueles com PCE já instalados. Considerando, a vulnerabilidade presente em determinados grupos étnico-raciais.
Palavras-chave: Criança
Adolescente
Adolescente
Origem Étnica e Saúde
Comportamento do Adolescente
CNPq: Saúde Coletiva
País: brasil
Sigla da Instituição: ISC-UFBA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34297
Data do documento: 28-Set-2021
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