Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34219
Tipo: Tese
Título: Assinatura e contra-assinatura: Ricardo Lísias. performances de autor
Autor(es): Silva, Nivana Ferreira da
Autor(es): Silva, Nivana Ferreira da
Abstract: Esta tese tem como objetivo discutir como é construída a assinatura do autor Ricardo Lísias. Partindo da noção de assinatura de Jacques Derrida, em diálogo com um arcabouço teórico-crítico da literatura contemporânea, consideramos o nome de Lísias exemplar para problematizarmos como um gesto signatário é forjado hoje. Nesse sentido, o trabalho promove um deslocamento no entendimento de assinatura, já que traz para o debate questões que nos desafiam a entender as práticas literárias do presente. A investigação realizada gira em torno de três recortes temáticos: o limiar entre vida e obra, a performance autoral e a contra-assinatura. Além de Derrida (1984, 1985b, 1986, 1991b, 2014), a discussão sobre assinatura parte das contribuições de Peggy Kamuf (1988) e Abel Barros Baptista (2003). Trazemos as reflexões de Michel Foucault (2009), Josefina Ludmer (2013), Florencia Garramuño (2014a) e Reinaldo Laddaga (2013) para argumentar que as transformações nas noções de autoria, obra e, mais amplamente, na própria ideia de literatura estão relacionadas a um rearranjo entre o real e o ficcional, interferindo nos modos como um autor assina. Dessa forma, é possível pensar como um tipo de intencionalidade pode ser identificada na performance autoral, que também é um dispositivo que cria uma assinatura, conforme discutimos a partir das formulações sobre performativo, de John Austin (1998), Derrida (1991b) e Stanley Fish (1982), e sobre performance, com Patrice Pavis (2017), Richard Schechner (2006), Karl Erik Schøllhammer (2013) e Luciene Azevedo (2004, 2007). Observamos, então, que as atuações de Lísias dentro e fora do texto influenciam e monitoram a recepção de seu trabalho, de maneira a aproveitar-se das leituras da obra a favor do próprio gesto signatário. Argumenta-se que o autor é um curador das contra-assinaturas do público leitor, além de contra-assinar a própria produção. Nesse contexto, dialogamos com Boris Groys (2014), para falar sobre o desenho de si construído pelo artista contemporâneo, e com as contribuições de Marjorie Perloff (2013) sobre curadoria. Assim, diante de um conjunto de procedimentos autorais que mobilizam a discussão teórica sobre assinatura, entendemos que Lísias capitaliza questões do nosso tempo a favor da circulação de seu nome, o que faz com que sua obra nos aproxime de reflexões sobre a produção literária contemporânea.
ABSTRACT This thesis aims to discuss how the signature of the author Ricardo Lísias is constructed. Based on Jacques Derrida’s notion of signature, in dialogue with a theoretical-critical framework of the contemporary literature, we consider Lísias’ name as exemplary for the problematization of how a signatory act is forged nowadays. The work promotes a displacement in the signature’s comprehension, since it brings to discussion questions that challenge us to understand the recent literary practices. The investigation revolves around three themes: the borderline between life and work, performance and countersignature. Besides Derrida (1984, 1985b, 1986, 1991b, 2014), the discussion about signature is based on contributions from Peggy Kamuf (1988) and Abel Barros Baptista (2003). We present ideas by Michel Foucault (2009), Josefina Ludmer (2013), Florencia Garramuño (2014a) and Reinaldo Laddaga (2013) to argue that the transformations in notions of authorship, work and literature’s idea are related to a rearrangement between the real and the fictional, interfering with the ways an author signs. Thus, it’s possible to think of how a type of intentionality can be identified in the author’s performance, which is also a device that creates a signature, as discussed according to formulations about performative, in John Austin (1998), Derrida (1991b) and Stanley Fish (1982), and about performance, with Patrice Pavis (2017), Richard Schechner (2006), Karl Erik Schøllhammer (2013) and Luciene Azevedo (2004, 2007). We observe that Lísias’ acting inside and outside the text influences and monitors his work’s reception, taking advantage of the work’s readings in benefit of his own signatory act. We argue that the author is a curator of readers’ countersignatures, besides countersigning their own production. In this context, we dialogue with Boris Groys (2014), to approach the self-design formed by the contemporary artist, and contributions from Marjorie Perloff (2013) about curatorship. Therefore, face a set of author’s procedures that mobilize the theoretical discussion about signature, we understand that Lísias capitalizes on issues of our time in favor of his name’s circulation, which induces his work to raising reflections about contemporary literary productions
Palavras-chave: Literatura brasileira - Século XXI
Ricardo Lísias
Performance
Autoria
Literatura moderna - Século XXI
CNPq: Teorias e Críticas da Literatura e da Cultura
País: brasil
Sigla da Instituição: ILUFBA
metadata.dc.publisher.program: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E CULTURA
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34219
Data do documento: 11-Set-2021
Aparece nas coleções:Tese (PPGLITCULT)

Arquivos associados a este item:
Não existem arquivos associados a este item.


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.