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Tipo: Dissertação
Título: Fatores de risco para óbito por escorpionismo em crianças brasileiras.
Autor(es): Almeida, Ana Caroline Caldas de
Autor(es): Almeida, Ana Caroline Caldas de
Abstract: Introdução. Escorpionismo é o envenenamento por escorpião cuja evolução em óbito é mais frequente nos indivíduos com menor idade. São pouco conhecidos os fatores de risco para o escorpionismo fatal em crianças (grupo de risco) como a qualidade do tratamento e o acesso à unidade prestadora de serviço em saúde para o desfecho fatal no Brasil. Objetivo. Este estudo buscou identificar fatores de risco para o escorpionismo fatal em crianças brasileiras. Métodos. Estudo de caso-controle com casos de envenenamento por escorpião (CID X-22) de crianças de até 10 anos, notificados ao Sistema de Informação de Notificação de Agravos (SINAN), entre 1° de janeiro de 2007 e 18 de julho de 2016. Os casos corresponderam a todos os óbitos por escorpionismo ocorridos no período; os controles foram aleatoriamente selecionados dentre os que não evoluíram para óbito, na razão de quatro controles para cada caso. Os fatores de risco investigados foram: sexo, idade, grupo étnico, zona de ocorrência, tempo decorrido entre o acidente e a chegada ao serviço de saúde, unidade de atendimento e tratamento soroterápico (variável que combinou se o tipo de soro era adequado ou inadequado com o número de ampolas de soro utilizadas). Foram incluídos apenas casos e controles com informações completas para todas as variáveis investigadas. Os fatores associados ao óbito por escorpionismo em crianças foram identificados com técnicas de análise de regressão logística bivariada e multivariada, com uso do programa estatístico STATA 12.0. Resultados. Foram investigados 254 óbitos por escorpionismo fatal e 1.083 controles. Após ajustamento do modelo final, os fatores de risco para o escorpionismo fatal em crianças foram: idade ≤5 anos (OR=1,6; IC 95%: 1,2-2,1), ocorrência em zona não urbana (OR=2,0; IC 95%: 1,5-2,7), tempo entre o acidente até a chegada ao serviço de saúde ≥3 horas (OR=3,0; IC 95%: 2,1-4,3), tratamento soroterápico com soro adequado e número excessivo de ampolas (OR=2,2; IC 95%: de 1,6-3,1), soro adequado e número insuficiente de ampolas (OR=6,9; IC 95%: 3,2-14,8), soro inadequado (OR=5,7; IC 95%: 1,2-27,8) e sem uso de soro (OR=5,3; IC 95%: 2,9-9,8). Soroterapia não foi utilizada em 9,4% dos 254 pacientes que morreram. A efetividade do tratamento soroterápico em impedir a evolução fatal foi de 70,0% e de 77,0%, quando o paciente chegou ao serviço de saúde em menos de 3 horas após a ocorrência do agravo. A efetividade do tratamento foi de 66,0% nos pacientes de 0 a 2 anos, 67,0% nos de 3 a 5 anos, 74,0% nos de 6 a 8 anos e 75,0% nos de 9 a 10 anos (p<0,05). Conclusão. O escorpionismo fatal em crianças associou-se a fatores de risco que revelam problemas no acesso ao serviço de saúde, como ocorrência em zona não urbana e chegada precoce (<3 horas) ao serviço de saúde, baixa qualidade do tratamento soroterápico prestado e idade mais jovem da criança. A efetividade do tratamento soroterápico foi maior em crianças mais velhas e naquelas que chegaram precocemente ao serviço de saúde.
Palavras-chave: Picada de Escorpião
Evolução Fatal
Fatores de Risco
Lactente
Préescolar
Criança
CNPq: Saúde Coletiva
País: brasil
Sigla da Instituição: ISC-UFBA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34207
Data do documento: 9-Set-2021
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