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Tipo: Dissertação
Título: Coorte Nascer Prematuro: sobrevida e condições associadas ao óbito em prematuros de Unidades De Terapia Intensiva Neonatais no Sudoeste Baiano
Autor(es): Lima, Raquel Cristina Gomes
Autor(es): Lima, Raquel Cristina Gomes
Abstract: Introdução: A prematuridade constitui-se importante prioridade de saúde pública mundial e suas complicações foram responsáveis por 18% dos óbitos em menores de 5 anos, no mundo, em 2016.As condições relacionadas à assistência pré-natal e ao parto e as características clínicas neonatais podem interferir nas chances de sobrevivência dos neonatos de risco. A identificação dos distintos fatores que interferem na redução de mortes potencialmente evitáveis e de complicações da prematuridade acarreta possibilidade de elaboração de intervenções e melhoria dos fluxos assistenciais ao longo da gestação e do período neonatal. Objetivo: investigar o efeito das características dos prematuros, condições de saúde e atenção neonatal recebida sobre o óbito e sobrevida dos prematuros, internados em UTI Neonatais, no período neonatal. Método: trata-se de um estudo de coorte não concorrente, incluindo todos os prematuros admitidos em três UTI neonatais da cidade de Vitória da Conquista, BA, no período entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016. A população foi acompanhada desde o dia da admissão até a alta hospitalar, transferência ou óbito, respeitando a censura de 27 dias de vida. Foi realizada análise estatística através da Regressão de Poisson com variância robusta para o desfecho óbito.Resultados: estudaram-se 181 prematuros, cuja idade gestacional variou de 23 0/7 a 36 semanas 6/7, com mediana de 32 semanas, peso de 455 a 3.965g, com mediana de 1.741g, e de 18 dias de internação nas UTI neonatais. Do total, 18,8% evoluíram para óbito durante a permanência nas unidades. Análise multivariada foi realizada através da Regressão de Poisson, obtendo-se o risco relativo (RR) para a ocorrência do óbito e seu respectivo intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Mantiveram-se no modelo final (p < 5%) as seguintes variáveis: idade gestacional entre 28 e 32 semanas (RR: 5,66; IC 95%: 2,08- 15,40) e menor que 28 semanas (RR: 9,24; IC 95%: 3,27 -26,12), Apgar de 5º minuto menor que 7 (RR: 2,15; IC 95%: 1,23-3,74), uso de ventilação mecânica por 4 ou mais dias (RR: 2,19;IC 95%: 1,18- 4,04). As condições clínicas: sepse tardia (RR: 3,72; IC 95%:1,77-7,83), síndrome do desconforto respiratório agudo (RR:2,86; IC 95%: 1,49-5,46), hemorragia pulmonar (RR:1,97, IC 95%: 1,40-2,77) e enterocolite necrosante (RR: 3,41; IC 95%: 1,70-6,83) também apresentaram-se estatisticamente significativas. Considerando apenas o período neonatal,a sobrevida foi de 85,1%, sendo59,3% no período neonatal precoce. Apresentaram significativamente menor sobrevivência nesse período: prematuros extremos (45,5%), com extremo baixo peso (72,0%), com Apgar de 5º minuto menor que 7 (65,6%), que receberam manobras avançadas de reanimação (50,0%), com hipotermia moderada na admissão (67,7%) e que receberam 4 ou mais dias de ventilação mecânica invasiva (70,2%). Conclusões: Os resultados apresentados demonstram que a taxa de óbito e sobrevida foram semelhantes aos verificados em estudos nacionais, porém, distintos dos observados em estudos internacionais. Tais achados sugerem a necessidade do fortalecimento de ações custo efetivas na assistência perinatal, com destaque as situações inerentes aos cuidados no momento do parto e nos primeiros dias de vida, pois evidenciamos um maior número de óbitos nesse período, além da adequação dos protocolos assistenciais para o contexto local e baseados nas melhores evidências científicas.
ABSTRACT Introduction: prematurity is an important worldwide public health priority and its complications accounted for 18% of deaths in children under 5 in the world in 2016.Conditions related to prenatal care and delivery and neonatal clinical features may interfere with the survival chances of at-risk neonates. The identification of the different factors that interfere in the reduction of potentially avoidable deaths and of complications of prematurity leads to the possibility of elaboration of interventions and improvement of care flows during pregnancy and the neonatal period. Objective: to investigate the effect of the characteristics of preterm infants, health conditions and neonatal care received on the death and survival of preterm infants hospitalized in neonatal intensive care units in the neonatal period. Method: this is a non-concurrent cohort study, including all premature infants admitted to three neonatal ICUs in the city of Vitória da Conquista, BA, from January 1 to December 31st, 2016. The population was monitored from the day of admission until discharge, transference or death, respecting the censorship of 27 days of life. Statistical analysis was performed using Poisson Regression with robust variance for the death outcome. Results: 181 preterm infants, whose gestational age ranged from 23 0/7 to 36 weeks 6/7, with a median of 32 weeks, weight of 455 to 3,965 g, with a median of 1,741 g, and of 18 days of hospitalization in the UTI neonates. Of the total, 18.8% died during their stay in the units. Multivariate analysis was performed through the Poisson regression, obtaining the relative risk (RR) for the occurrence of death and its respective 95% confidence interval (95% CI). The following variables were maintained in the final model (p <5%): gestational age between 28 and 32 weeks (RR: 5.66, 95% CI: 2.08- 15.40) and less than 28 weeks (RR: 9.24, 95% CI: 3.27 -26.12),5th minute Apgar less than 7 (RR: 2.15; 95% CI: 1.23 to 3.74), mechanical ventilation for 4 or more days (RR: 2.19; 95% CI: 1.18-4.04). The clinical conditions were: late sepsis (RR: 3.72, 95% CI: 1.77-7.83), acute respiratory distress syndrome (RR: 2.86, 95% CI: 1.49-5.46), pulmonary hemorrhage (RR: 1.97, 95% CI: 1.40-2.77) and necrotizing enterocolitis (RR: 3.41; 95% CI: 1.70-6.83) were also statistically significant. Considering only the neonatal period, the survival rate was 85.1%, 59.3% in the early neonatal period.They presented significantly lower survival in this period: extreme premature infants (45.5%), extremely low weight (72.0%), Apgar of 5 minutes less than 7 (65.6%) who received advanced resuscitation maneuvers , 0%), with moderate hypothermia at admission (67.7%) and who received 4 or more days of invasive mechanical ventilation (70.2%). Conclusions: the results show that death and survival rates were similar to those observed in national studies, but different from those observed in international studies. These findings suggest the need to strengthen cost-effective interventions in perinatal care, with emphasis on the situations inherent to care at the time of delivery and in the first days of life, since we evidenced a higher number of deaths in this period, besides the adequacy of care protocols to the local context and based on the best scientific evidence.
Palavras-chave: Recém nascido prematuro;
UTI Neonatal
Óbito
Estudos Longitudinais
CNPq: Epidemiologia
País: Brasil
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.program: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33850
Data do documento: 5-Ago-2021
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