Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/32194
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorSouza, Ângela Maria Freire de Lima e-
dc.contributor.authorWons, Letícia-
dc.creatorWons, Letícia-
dc.date.accessioned2020-09-09T18:46:29Z-
dc.date.available2020-09-09T18:46:29Z-
dc.date.issued2020-09-09-
dc.date.submitted2019-12-12-
dc.identifier.otherDissertação-
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32194-
dc.description.abstractO coletor menstrual é um objeto de silicone em formato de taça a ser inserido no canal vaginal para recolher o fluxo da menstruação. Como o substantivo sugere, ele coleta o sangue uterino ao invés de absorvê-lo, característica única entre os dispositivos menstruais. Sua invenção remonta a 1937, atravessando diferentes momentos de tentativas de comercialização; no Brasil, foi somente na última década que conquistou um público consumidor. A fim de compreender sua tardia emergência, esta pesquisa tem como objetivo investigar as transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruação que o uso do “copinho” vem promovendo. Para tanto, destaco dois elementos orientadores: por um lado, ele apresenta propriedades que demandam acuidade de percepção às características únicas dos corpos das pessoas que o utilizam e possibilita um contato inédito ao sangue menstrual invulnerado em cor, cheiro, textura e volume, tensionando estigmas menstruais e processos correntes de alienação corporal. Por outro, a disseminação do coletor ocorre no Brasil a partir de redes de mulheres que constroem conhecimento através da troca de suas experiências, num movimento horizontalizado que desafia normas de etiqueta menstrual, imperativos de manter a menstruação sob a alcunha do segredado e rearticula forças na disputa pelo poder simbólico da menstruação. Argumento que a partir do uso desse dispositivo estão ocorrendo transformações nos discursos considerados legítimos sobre corpo, saúde, sexualidade e autonomia, principalmente no que concerne à autoridade médica e midiática frente à percepção corporal desenvolvida pelas usuárias do copinho. Esta pesquisa está alinhada aos preceitos epistemológicos do feminismo perspectivista, encarando criticamente os valores de objetividade, racionalismo e fundacionalismo que ocultam o viés androcêntrico na produção de saber científico. A fim de afinar posicionamento epistemológico, metodologia e as qualidades próprias do assunto em investigação, elenco como ferramenta de coleta de dados a técnica de grupos focais, procurando acessar esse tipo de conhecimento em rede no momento mesmo da pesquisa. Em três encontros com mulheres usuárias de coletor menstrual na cidade de Salvador, investigo a difusão de novos valores e costumes acerca do sangue menstrual.pt_BR
dc.description.abstractMenstrual cup is a bell-shaped silicon object designed to be inserted inside the vagina in order to gather menstrual fluids. It collects uterine blood instead of absorbing it, an unique feature among menstrual devices. Its invention goes back to 1937, going through different moments in attempting to commercialize it; in Brazil, it was only on the last decade that the cup has conquered its own public. Trying to understand this late emergency, the aim of this research is to investigate transformations that the cup has been promoting in practical-symbolic orders of menstruation. To archieve that, two main elements are focused: first, this device presents properties that demand acuity of perception to the unique body characteristics of the ones who use it and it also makes possible an unprecedented contact to menstrual blood unscathed in color, texture, smell and volume, tensioning menstrual stigma and current body alienation processes. Second, the cup’s diffusion in Brazil occurs through women’s networks that build knowledge exchanging experiences, in a horizontal movement that defies menstrual etiquette norms, imperatives of keeping menstruation under secrecy and rearticulates forces competing for menstruation symbolic powers. I argue that through the usage of this device transformations in legit speeches about body, health, sexuality and autonomy are occurring, especially in what concerns to medical and media authority confronted by body perception developed by cup’s users. This research is aligned to epistemological precepts of feminist perspectivism, facing critically objectiveness, rationalism and fundacionalism values that hide androcentric bias in scientific knowledge production. In order to tune epistemological positioning, methodology and the own qualities of the subject in question, I choose as data collecting tool the technique of focal groups, looking for access this kind of networked knowledge in the very moment of research. In three meetings with menstrual cup users in Salvador city, I investigate the diffusion of new values and manners regarding menstrual blood.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectColetor menstrualpt_BR
dc.subjectMenstruaçãopt_BR
dc.subjectEpistemologias feministaspt_BR
dc.subjectGinecologia políticapt_BR
dc.subjectGênero e ciênciapt_BR
dc.subjectCorpopt_BR
dc.subjectRelações de gêneropt_BR
dc.subjectFeminismopt_BR
dc.subjectMulheres - menstruaçãopt_BR
dc.subjectMulheres na ciênciapt_BR
dc.title"Introduzindo o primeiro produto menstrual que não absorve nada": Coletores menstruais e transformações nas ordens prático-simbólicas da menstruaçãopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.refereesSardenberg, Cecília Maria Bacellar-
dc.contributor.refereesCruz, Izaura Santiago da-
dc.contributor.refereesSouza, Ângela Maria Freire de Lima e-
dc.publisher.departamentNúcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulherpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismopt_BR
dc.publisher.initialsUFBApt_BR
dc.publisher.countrybrasilpt_BR
Aparece nas coleções:Dissertação (PPGNEIM)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Leticia Wons - Dissertacao Coletores Menstruais.pdf5,41 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.