Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/32102
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Caracterização petrográfica do Palasito Quijingue: uma reavaliação a partir da mineralogia principal
Autor(es): Pereira, Cristine de Almeida
Autor(es): Pereira, Cristine de Almeida
Abstract: Conhecidos como rochas de origem celestial, os meteoritos estão presentes nas mais diversas pocas da história servindo tanto de anteparo para a criação da siderurgia, quanto para a construção de lendas, e posteriormente, para o desenvolvimento de um ramo específico da ciência denominado de Meteorítica. Nesta vertente, os meteoritos são classificados e estudados de acordo com suas características texturais, mineraloquímicas e isotópicas, permitindo a separação de grupos não apenas por suas propriedades físico-químicas semelhantes, mas pelas gêneses em um mesmo corpo parental. Assim, a partir deste processo classificatório, foi possível o estabelecimento de três grupos principais para os meteoritos: (i) os férreos – formados majoritariamente por uma liga de Ferro-Níquel; (ii) os rochosos: condríticos e acondriticos; e (iii) os mistos – formados pela mistura da liga Fe-Ni com minerais silicáticos. Este último grupo, é subdividido em duas classes: os mesosideritos – rochas com aspecto de brechas; e os palasitos. Em função de seu aspecto exótico devido à presença de cristais de olivina bem amareladas em contato direto com a fase metálica, os palasitos são utilizados inclusive como jóias. Contudo, é no âmbito científico que essas rochas geram maior especulação, pois a classe tende a ter sua formação correlacionada com a zona de interface do manto-núcleo de planetas rochosos, como a própria Terra, sendo interpretadas como sondas indiretas e profundas, que testemunham processos geológicos inacessíveis por outros meios, uma vez que em condições de menores pressões e temperaturas, as duas fases principais - olivina e metal - não são geoquimicamente compatíveis. É neste contexto que o presente trabalho foi desenvolvido, buscando detalhar a petrografia do único palasito da coleção brasileira, o meteorito Quijingue, um palasito do grupo principal. O foco principal foram as olivinas, mas secundariamente buscou-se também identificar as fases acessórias presentes. Dados mineraloquímicos foram gerados buscando comprovar a homogeneidade destas olivinas. Os estudos investigaram duas lâminas polido-delgadas, preparadas em diferentes espessuras, em microscópio óptico com luz refletida, e uma fatia polida do meteorito. As técnicas analíticas não-destrutivas escolhidas foram a Microssonda Eletrônica (EPMA) e a Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), que propiciaram o imageamento das fases minerais e texturas presentes. A análise do material obtido permitiu: (i) reconhecer texturas e relacionamentos entre as olivinas e o metal, fases principais da amostra; (ii) identificar a presença cromita, troilita, schreibersita, e dos raros fosfatos, como fases acessórias; (iii) estudar as diferentes morfologias dos cristais de olivina, bem como (iv) comprovar a homogeneidade composicional dos núcleos desses cristais.
Meteorites are known as rocks of celestial origin and they are present in many points of history, serving for the creation of the steel industry, as well as for the construction of legends, and later, for the development of a specific branch of science called Meteoritic. In this scientific field, meteorites are classified and studied according to their textural, geochemical and isotopic characteristics, allowing the separation of groups not only by their similar chemical properties but by the genesis in the same parent body. Thus, because of this classification process, it was possible to establish three main groups for meteorites: (i) the iron - formed mainly by an Iron-Nickel alloy; (ii) stony: chondrite and achondrite; and (iii) mixed - formed by mixing Fe-Ni alloy with silicate minerals. This latter group is subdivided into two classes: the mesosiderites - breach-like rocks; and the pallasites. Due to their exotic appearance because of the presence of well yellowish olivine crystals in direct contact with the metallic phase, the pallasites are even used as jewels. However, it is in the scientific area that these rocks generate the most speculation since the class tends to have its formation correlated with the mantle-core interface zone of rocky planets, such as Earth itself, being interpreted as deep and indirect probes that testify geological processes inaccessible by other means, since under conditions of lower pressures and temperatures, the two main phases - olivine and metal - are not geochemically compatible. It is in this context that the present work was developed, aiming to detail the petrography of the only pallasite of the Brazilian collection, the Quijingue meteorite, a pallasite of the main group. The main focus was the olivines, but secondarily it was also possible to identify the accessory phases present. Geochemical data were generated seeking to prove the homogeneity of these olivines. The studies investigated two polished-thin slides, prepared in different thicknesses, under a light-reflecting optical microscope, and a polished slice of the meteorite. The non-destructive analytical techniques chosen were the Electron Probe Micron-Analyzer (EPMA) and the Scanning Electron Microscopy (SEM), which provided the imaging of the mineral phases and textures present. The analysis of the obtained material allowed: (i) to recognize textures and relationships between olivines and metal, main phases of the sample; (ii) identify the presence of chromite, troilite, schreibersite, and rare phosphates as accessory phases; (iii) study the different morphologies of olivine crystals, and (iv) prove the compositional homogeneity of the cores of these crystals.
Palavras-chave: Meteorito - Quijingue
Palasitos
Quijingue
Olivinas
Petrografia
Mineralogia
CNPq: Geologia
Mineralogia
Petrologia
País: Brasil
Sigla da Instituição: UFBA
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32102
Data do documento: 11-Ago-2020
Aparece nas coleções:Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Geologia (IGEO)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
20192_Cristine Pereira_TFG_VB.pdf1,42 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.