https://repositorio.ufba.br/handle/ri/29136
Tipo: | Dissertação |
Título: | Cuidado compartilhado intersetorialmente a adolescentes que fazem uso de drogas: é preciso deixar abertas as portas do coração. |
Autor(es): | Menezes Junior, Gustavo Emanuel Cerqueira |
Autor(es): | Menezes Junior, Gustavo Emanuel Cerqueira |
Abstract: | É recente a transformação do modelo assistencial e das abordagens práticas em Saúde Mental, onde os serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos apresentam papel estratégico de articulação com o território e desenvolvem ações inovadoras de ampliação conceitual e tecnológica para manejar cuidados diante das complexas situações de saúde, sugerindo a inclusão dos movimentos territoriais e suas singularidades. Ao considerar esta perspectiva ampliada, a Atenção Psicossocial passa a demandar intervenções dos distintos setores. A partir deste novo lugar, diferente, que se constitui com o surgimento de serviços que vivem o território, as práticas levam em consideração a integralidade do cuidado, imprimindo, a partir de intervenções multiprofissionais dialogadas entre si, articulações interdisciplinares e intersetoriais. Neste estudo, de inspiração etnográfica, partimos dos construtos políticos, legais e teóricos da Reforma Psiquiátrica Brasileira, da articulação entre clínica e política, e da necessidade de transformação das realidades que operam na construção e/ou intensificação do sofrimento social para sugerir o termo crise psicossocial e observar as intervenções da Rede de Atenção à Saúde direcionadas ao cuidado compartilhado de adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social que fazem uso de drogas e encontram-se em momentos de crise psicossocial no território do Centro Histórico. Temos o objetivo de descrever as articulações intersetoriais em torno do cuidado a estes. Tomamos como campo de observação o Núcleo de Infância e Adolescência da rede ad, um espaço de promoção de articulação continuada proposto pelo CAPS ad Gregório de Matos. Foi realizada participação observante e entrevistas abertas a dez trabalhadoras e trabalhadores que compõem tal arranjo tecnológico. As reuniões acontecem semanalmente com o objetivo de discutir os casos, compartilhar o cuidado e produzir estratégias de acompanhamento do desenvolvimento dos projetos terapêuticos singulares que levam em conta a configuração das relações culturais e sanitárias do território. Constatamos a conformação de uma rede socioassistencial sensível às necessidades sociais de saúde dos sujeitos acompanhados e comprometida com a garantia de seus direitos de cidadania, onde é evidente a integração de políticas setoriais na perspectiva da articulação entre cuidados em saúde e cuidados sociais. Os entendimentos sobre crise psicossocial apontam movimentos de organização da atenção dispostos em três dimensões: institucional, social e singular. Na costura destas dimensões, destaca-se importantes movimentos clínicos, a intensificação de cuidados e as intervenções no território. Apesar de avançar na construção de articulações intersetoriais, este arranjo tecnológico encontra barreiras no que diz respeito a incorporação deste modo de organização intersetorial por parte da macroestrutura, uma vez que a política enrijecida da gestão municipal além de não investir em políticas de proteção social, não abre possibilidades para o estabelecimento de intersecções entre os setores da assistência social, saúde e educação. |
Palavras-chave: | Saúde Mental Integralidade Crise Psicossocial Cuidado Compartilhado |
CNPq: | Saúde Coletiva |
País: | brasil |
Sigla da Instituição: | ISC-UFBA |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29136 |
Data do documento: | 2-Abr-2019 |
Aparece nas coleções: | Dissertação (ISC) |
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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