Adaptação do espaço da universidade pública para concepção de laboratórios de IHC provisórios

Abstract

No Brasil existem aproximadamente 700 universidades/faculdades que oferecem cursos de computação. Porém, poucas dessas universidades possuem ambientes destinados à avaliação em Interação Humano-Computador (IHC), mais precisamente avaliação de usabilidade e avaliação de comunicabilidade. A falta de espaços disponíveis é um dos fatores que contribuem para o pequeno número de laboratórios de IHC dentro das universidades. Dessa forma, esta pesquisa identificou requisitos (técnicas, equipamentos, pessoas, métodos) mínimos para concepção de um ambiente físico adequado à avaliação técnica integrada de usabilidade e de comunicabilidade em software, de modo a possibilitar a criação de laboratórios provisórios de IHC, minimizando o problema da falta de espaços físicos disponíveis, algo muito comum entre as universidades públicas brasileiras. Como ponto inicial, foi analisada, por meio de uma entrevista com o respectivo diretor, a estrutura e o funcionamento das alocações dos espaços físicos do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ambiente em que está inserido o Departamento de Ciência da Computação (DCC), a fim de investigar a viabilidade da criação de laboratórios provisórios de IHC. Adicionalmente, foram coletados dados por meio de um questionário online sobre o panorama dos laboratórios de IHC existentes em universidades e instituições de pesquisa do país. Esses dados contribuíram na identificação de diversos tipos de requisitos e modelos de laboratórios existentes pelo Brasil. Nesse contexto, dois ambientes diferentes da UFBA foram adaptados como laboratórios provisórios de avaliação. O teste de usabilidade e o Método de Avaliação de Comunicabilidade (MAC) foram selecionados para utilização nesses ambientes a fim de avaliar o Spotify, software de streaming de música, nas versões mobile e desktop. Os resultados ratificaram a hipótese deste estudo da viabilidade de conceber em caráter provisório laboratórios para práticas de IHC. Como trabalho futuro, espera-se utilizar os laboratórios provisórios também para a prática de design e avaliação de acessibilidade de artefatos computacionais. Para tanto uma nova investigação sobre os requisitos mínimos deverá ser realizada.