JORNALISMO EM TEMPOS DE OPERAÇÃO LAVA JATO: considerações ao direito de informar e à liberdade de imprensa

Abstract

Nas democracias, é sabido que a imprensa tem seu papel plenamente estabelecido e garantido pelo império das leis, através do direito de informar e da liberdade, mas, em tempos de Operação Lava Jato – em que medidas estranhas ou questionáveis ao jogo democrático são tomadas pelas autoridades sob o manto de se combater à corrupção – pode-se dizer que a imprensa continua desempenhando suas funções? Para verificar isso, esta pesquisa analisará trechos da cobertura jornalística da colaboração premiada do ex-senador Delcídio do Amaral; da divulgação de escutas telefônicas do ex-presidente Lula; da divulgação de escutas de Reinaldo Azevedo e Andréa Neves; e da condução coercitiva do jornalista Eduardo Guimarães, a partir de materiais coletados em veículos como: Revista Istoé, Jornal Nacional e Portal G1, Revista Veja e Blog da Cidadania. Casos que foram objetos de questionamentos jurídicos e políticos e não deixaram de ter bastante destaque jornalístico, principalmente nas circunstâncias que foram noticiados, como escândalos políticos. Na análise dos casos, este estudo realizará uma comparação entre as coberturas jornalísticas e os desdobramentos dos casos concretos, os efeitos políticos e jurídicos de ambas, principalmente no julgamento do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Serão avaliados enquadramentos, repercussões jurídicas e políticas das coberturas jornalísticas.