dc.description.abstract | Nosso objeto de estudo é a peça Macbeth de autoria de William Shakespeare escrita em 1606/1607. Fizemos um recorte dos excertos, que, na nossa interpretação, conotam culpa. Partindo da hipótese de que cada tradutor, à sua maneira, reconstruiu a culpa expressa nas falas dos personagens, fazemos uma análise dos trechos selecionados em três traduções do inglês para o português, a saber: do poeta Manuel Bandeira, em 1956; da crítica teatral Bárbara Heliodora, em 1996; da professora Beatriz Viégas-Faria, em 2000. Ambição e culpa são o fio condutor da peça, isto é, a incontrolável ambição pelo poder levou os Macbeths a matar o rei, para subirem ao trono, forçando-os ao limite da convivência com a culpa. O general torna-se um tirano e sua mulher cai em profunda melancolia. Nosso objetivo geral foi analisar as soluções adotadas por cada um dos tradutores, além de, em nível mais específico, analisar o tempo e o lugar em que a peça foi escrita; sintetizar o significado do sentimento de culpa com base nas reflexões de Friedrich Nietzsche e de Sigmund Freud, escritas respectivamente em 1887 e 1929; examinar como os tradutores interpretaram as metáforas e expressões polissêmicas relacionadas ao campo semântico da culpa, e como reproduziram a prosódia. Como metodologia de análise descritiva, baseamo-nos em alguns procedimentos recomendados pelo professor e tradutor brasileiro de Shakespeare, José Roberto O‟Shea (1996). Em termos teóricos, construímos nossa fundamentação na teoria dos polissistemas, principalmente nas reflexões de Gideon Toury (1980) e nos conceitos de estrangeirização e domesticação cunhados por Lawrence Venuti (2001). | pt_BR |