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Tipo: Dissertação
Título: Infecção por S. stercoralis em pacientes imunocomprometidos
Autor(es): Souza, Joelma Nascimento de
Autor(es): Souza, Joelma Nascimento de
Abstract: A estrongiloidíase humana é causada, principalmente, pelo Strongyloides stercoralis, parasito que infecta cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo. Usualmente, as infecções causadas pelo S. stercoralis são crônicas e assintomáticas, podendo persistir por décadas sem serem diagnosticadas. No entanto, em indivíduos imunocomprometidos, a infecção pode se desenvolver para quadros de hiperinfecção e/ou disseminação. Assim, o diagnóstico precoce é essencial para prevenir as formas graves da doença. Os objetivos deste trabalho foram: (1) avaliar a frequência da infecção por S. stercoralis em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), através de três métodos parasitológicos (Sedimentação Espontânea (SE), Baermann-Moraes (BM) e Cultura em Placa de Agar(CPA));(2) determinar os níveis séricos de IgG e IgE específicos para S. stercoralis através do ensaio imunoenzimático (ELISA); (3) avaliar a infecção por S. stercoralis e/ou a produção de anticorpos específicos correlacionando-os com a terapia com glicocorticoides e (4) acompanhar a resposta terapêutica aos antiparasitários utilizados pelos pacientes com síndrome da hiperinfecção por S. stercoralis(SHS). Foram avaliados 75 pacientes com LES, 20 pacientes portadores do HIV e dois pacientes com SHS. A frequência de parasitos intestinais nos pacientes com LES foi de 10,7% e nos pacientes infectados com o HIV de 40% (p<0,05), sendo que a frequência de S. stercoralis nos pacientes com LES foi de 1,3% e nos pacientes com HIV de 10%. As sensibilidades dos ELISAs foram de 80% para detecção de IgG e 76,9 % para o IgE. Ambos os ensaios apresentaram a mesma especificidade, de 96,7%. A frequência de IgG e IgE reativos ao antígeno de S. stercoralis nos pacientes com LES foi de 16% e 28%, respectivamente. No grupo de pacientes com HIV, a frequência de anticorpos específicos foi de 10% para IgG e 20% para IgE. Oito pacientes (seis com LES e dois com HIV) foram positivos tanto para detecção de IgG como para IgE. Entre os pacientes com LES que apresentaram níveis de IgG e IgE anti-S. stercoralis positivo, 75% (9/12) e 81% (17/21), respectivamente, faziam uso de glicocorticoides. Durante o período de execução deste trabalho, dois casos de hiperinfecção foram diagnosticados: o primeiro em um paciente com hanseníase sob corticoterapia e o segundo em uma paciente infectada com o HTLV-1. Ambos os pacientes foram tratados inicialmente com albendazol e, após falhas terapêuticas, com ivermectina. O tratamento foi avaliado durante o período de um ano e a cura da infecção parasitária foi confirmada através de exames parasitológicos e da sorologia. A utilização da CPA e da pesquisa de anticorpos específicos associadas aos achados laboratoriais (como eosinofilia e níveis de IgE total) são fundamentais para a realização do diagnóstico e avaliação do tratamento da infecção pelo S. stercoralis, uma vez que a detecção precoce da infecção pode alterar o curso da doença, após tratamento adequado, prevenido a ocorrência da estrongiloidíase grave.
Palavras-chave: Strongyloides
Diagnóstico
Teste imunoenzimático
Lúpus eritematoso sistêmico
Infecções por HIV
CNPq: Ciências da Saúde
País: brasil
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Farmácia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22679
Data do documento: 1-Jun-2017
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