Avaliação da influência do grupo racial dos portadores do melanoma maligno:revisão sistemática da literatura

Abstract

O Melanoma Maligno (MM) é uma das neoplasias mais incidentes na população mundial e é o tumor de pele que possui maior grau de malignidade. Os fatores de risco para o seu desenvolvimento incluem fatores familiares e de ordem física. Alguns estudos mostraram que as características clínicas, patológicas, sítio anatômico e prognóstico diferem significativamente entre as diferentes etnias. O seu diagnóstico é clínico e histopatológico e pode ser classificado em 5 tipos: Extensivo Superficial (MES), Lentigo Maligno (LMM), Lentiginoso Acral (MLA), Nodular (MN) e Amelanótico (MA). Objetivo: Investigar a influência dos fatores raciais no comportamento do melanoma maligno. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, feita a partir do levantamento de artigos nos bancos de dados Pubmed e Scielo. Resultados: Forams analisados 13 artigos, resultando nas seguintes informações: no grupo étnico asiático, o MES foi o tipo mais comum, seguido pelo tipo MLA. Para este grupo, o sítio primário mais prevalente foi o membro inferior, seguido por lesões no tronco. Para negros, o MLA foi tipo mais prevalente, seguido pelo MES, sendo que nesta etnia e os sítios mais comuns de lesão primária foram os membros inferiores e pés, seguidos por lesões de tronco. Na população branca, o MES foi o tipo de MM encontrado com maior frequência, enquanto que o MN ocupou a segunda posição. Para esta categoria étnica, o sítio mais prevalente das lesões primárias foi o tronco. As variações do nível de Breslow foram: Asiáticos Tis-TV; Asiáticos sem chineses Tis-TI; Negros TII-TIII; Brancos Tis-TII; Maori TII; PP TIII. A faixa de idade em que se perceveu o aparecimento da primeira lesão foi entre 50 e 60 anos para todas as raças. Discussão: Existe influência do grupo étnico racial sobre os subtipos histológicos e sítio primário da lesão do MM. A diversidade de raças dificulta uma análise precisa desta relação, com isso, novos estudos devem ser feitos para um melhor entendimento da doença, repercutindo, assim, na conduta médica e ajudando no planejamento de ações de tratamento e prevenção dos MM.