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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/12550
Tipo: Dissertação
Título: Associação entre câncer de mama triplo-negativo e ancestralidade africana
Autor(es): Corrêa, Paula Brito
Autor(es): Corrêa, Paula Brito
Abstract: Câncer de mama triplo-negativo é um termo recente e refere-se a tumores que, quando analisados por imunohistoquímica, não expressam receptores de estrógeno, progesterona e HER2. O fenótipo triplo negativo (TN) possui características patológicas e clínicas bastante diferentes dos demais subtipos de câncer de mama, apesar de apresentarem similaridades entre os cânceres do tipo basal e os que ocorrem em pacientes com mutações no gene BRCA1. Além dessas características, estes tumores afetam mais freqüentemente mulheres com menos de 50 anos, possuem comportamento mais agressivo, apresentam resposta pobre aos protocolos de tratamento existentes e são mais prevalentes entre as Afro-Americanas (AA). O resultado desta observação tem levado a questões sobre a natureza das diferenças “raciais”, geográficas ou étnicas em relação à prevalência da doença ou traços relacionados à doença. As razões dessa associação entre o fenótipo triplo negativo e a ancestralidade africana ainda não estão claras, por isso torna-se necessário conhece-las de modo a oferecer uma melhor prevenção e terapia a estas pacientes.O objetivo desse estudo foi analisar a ancestralidade e as características clínicas e histopatológicas de uma amostra de pacientes de alto risco para câncer de mama e ovário hereditário do Serviço de Oncogenética da Universidade Federal da Bahia (UFBA). METODOLOGIA: Foram analisados 119 prontuários de pacientes encaminhados ao Ambulatório de Oncogenética, destes apenas 75 fizeram estudos moleculares para marcadores informativos de ancestralidade (AIMs). RESULTADOS: Apenas 10% dos pacientes que entraram nos critérios de inclusão apresentaram o carcinoma TN. Fenotipicamente, a afrodescendência em pacientes TN foi maior (62.5%, P< 0.05). Já na análise genômica, de acordo com a estimativa de mistura populacional feita através dos AIMs, a maior contribuição ancestral para as pacientes TN foi a africana (50%), seguida da européia (40%) e por último a ameríndia (8%). Quando se comparou a mistura populacional dos grupos de receptores TN e R+ (receptores hormonais e HER2 positivos) não houve diferenças estatisticamente significante (P=0.218). Embora o número de pacientes avaliados deva ser considerado. CONCLUSÃO: Ao contrário do que foi visto na literatura, até o momento a associação do fenótipo triplo-negativo com a ancestralidade africana não foi evidenciada com o uso de marcadores moleculares biparentais (AIMs), provavelmente devido ao baixo número amostral da população estudada. Por isso, mais pesquisas são necessárias para identificar as diferenças existentes na sobrevida entre pacientes caucasianas e afrodescendentes com câncer de mama.
Palavras-chave: Câncer de mama
Triplo negativo
Ancestralidade africana
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
URI: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12550
Data do documento: 2010
Aparece nas coleções:Dissertação (PPGPIOS)

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