Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/31447
Tipo: Tese
Título: Marcas (in)visíveis na vida escolar da criança e do adolescente com HIV/Aids.
Autor(es): Silva, Maria Celeste Ramos da
Autor(es): Silva, Maria Celeste Ramos da
Abstract: O empreendimento deste estudo teve como objetivo central analisar quais as marcas que existem na sociedade e nas concepções dos professores que contribuem para produção e reprodução da (in) visibilidade da criança e do adolescente com HIV/AIDS na escola. Partimos do princípio de que prejuízos à escolaridade associados à doença crônica na infância, principalmente do HIV/Aids podem (in)visibilizar a criança e o adolescente no espaço escolar, o que nega sua participação como ser que constrói sua própria história. A infecção do HIV/Aids é um problema em todo o planeta. Na América Latina, vem avançando, principalmente entre as mulheres de baixa renda, os jovens de 15 a 24 anos, com prevalência considerável no Brasil e em outros países. Isso significa que estamos vivendo uma epidemia global, que consiste em uma série de microepidemias sobrepostas, cada uma evoluindo com uma dinâmica própria. Como lastro teórico, ancoramos nossa travessia em diferentes áreas do conhecimento: Adorno e Horkheimer (1985), Zuin, Pucci e Ramos-de-Oliveira (2012) no que se refere à compreensão do poder educativo do pensamento crítico e os tabus na educação; as obras de Paulo Freire (1981,1992,1996, 2002), Giroux (1997, 2003) Bourdieu (2009, 2010) no que se refere aos aspectos educacionais. Para referendar os estudos sobre a tríade saúde-doença e educação da atenção recorremos a Canesqui (2007), Castellanos (2007, 2011), Ingold (2010); Crochik (2006, 2013), Goffmam (2013), Santos B. (2002), Filho ( 2004, 2007), Patto (2007, 2009) que nos auxiliam na discussão sobre diversidade, estigmatização, exclusão e invisibilidade social. Como percurso metodológico, elegemos o caminho da pesquisa qualitativa, guiada pela Teoria Crítica que se ancora na Escola de Frankfurt. Empiricamente, aplicamos entrevista narrativa por pauta e questionário semi-estruturado de aprofundamento a dois grupos distintos, cada um composto por seis professores, com braço único, totalizando-se 12 professores da rede pública de ensino de Salvador-Ba, além de análise documental dos Parâmetros Curriculares Nacionais e do Manual Saúde e Prevenção nas Escolas; com análise dos dados pela teoria do discurso crítica de Fairclough (2001). Consideramos que tantos as marcas que (in)visibilizam crianças e adolescentes soropositivas na escola, são também as que colocam os professores em condições desiguais e de exclusão, sob a ordem do preconceito e discriminação. Podemos então assinalar que os discursos dos professores/entrevistados indicam que a vida social das crianças e dos adolescentes é atravessada por processos nos quais estão circunstanciadas às produções das díades: normal/patológico, saúde/doença, sucesso/fracasso, como categoria que distinguem, no plano social, o que é prescrito ou aceito daquilo que é proscrito ou recusado, do mesmo modo que reproduzem as marcas (in)visibilizadoras da condição crônica dos alunos sobreviventes do HIV/Aids na escola e em outros espaços de sua convivência. Isso demonstra, por si só, que a relação entre o discurso e a estrutura social tem natureza dialética, resultando do contraponto entre a determinação do discurso e sua construção social. Assim, o discurso é reflexo de uma realidade mais profunda, e é representado de forma idealizada como fonte social. PALAVRAS-CHAVE: HIV/Aids, doença crônica na escola, políticas públicas, escolarização, inclusão escolar.
ABSTRACT The development of this study mainly aimed to analyze what are the existing traces in society and in teachers’ conceptions that contribute to the (in)visibility of HIV-positive children and adolescents in schools. This work assumes that damages in schooling related to chronic disease in childhood, specially regarding HIV/AIDS, may invisiblize both child and adolescent in school environment, which denies their role as active beings who create their own history. HIV/AIDS infection is a worldwide issue. In Latin America, it has been increasing significantly among low-income women and young people between the ages of 15 and 24, with special predominance in Brazil and other countries. It means that we are living a global epidemic that consists in a series of overlapping micro-epidemics, each one evolving in accordance with its own dynamics. As a theoretical framework, this study will be founded in different areas of knowledge: Adorno and Horkheimer (1985), Zuin, Pucci and Ramos-de-Oliveira (2012) regarding the comprehension of the educative power of critical thought and the education taboos; the work of Paulo Freire (1981,1992,1996, 2002), Giroux (1997, 2003), Bourdieu (2009, 2010) regarding educational aspects. Moreover, in order to reference the studies about the triad health-disease and education of attention, it will rely on Canesqui (2007), Castellanos (2007, 2011), Ingold (2010); Crochik (2006, 2013), Goffman (2008), Santos B. (2002), Filho (2004, 2007), Patto (2007, 2009) to assist the discussion on diversity, stigmatization, social invisibility and exclusion. As a methodological approach, the qualitative research has been chosen, driven by Frankfurt School’s Critical Theory. Empirically, this study has opted for a narrative interview conducted by a deepening semi-structured questionnaire applied to two different groups, each one composed by six teachers, irrespective to a crossed comparison, summing up 12 regular public school teachers from Salvador/Ba; as well as a documental analysis of the National Curricular Parameters and the Health and Prevention in School Project’s manual was managed, highlighting the data analysis on the base of Fairclough’s critical discourse theory (2001). This analysis considers the traces that invisiblize HIV-positive children and adolescents are also ones that put teachers in unequal and exclusive conditions, under the rule of prejudice and discrimination. The testimonials of interviewed teachers report that children and adolescent’s social lives are affected by processes detailed according to the production of the dyads: normal/pathologic, health/disease, success/failure; as categories that socially distinguish what is prescribed or accepted from what is proscribed or refused, in the same way that reproduce the traces responsible to (in)visiblize the chronic condition of HIV-surviving students in school and other spaces of social conviviality. It demonstrates that the relation between discourse and social structure has a dialectical nature, product of the counterpoint between determination of discourse and its social construction. Therefore, the discourse is a reflection of a deeper reality and is represented in an idealized way as a social resource. KEYWORDS: HIV/AIDS, chronic disease in school, public policies, schooling, school inclusion.
Palavras-chave: Crianças com HIV - positivo
Doença crônica na escola
Políticas Públicas
Escolarização
Educação inclusiva
Discriminação na educação
Adolescentes HIV - positivo
AIDS (Doença) em crianças
AIDS (Doença) em adolescentes
chronic disease in school
public policies
schooling
school inclusion
CNPq: Educação
País: brasil
Sigla da Instituição: FACED/UFBA
metadata.dc.publisher.program: Educação
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31447
Data do documento: 7-Fev-2020
Aparece nas coleções:Tese (PGEDU)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese de Doutorado.pdf2,72 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.