Que bairro é esse? Eu quero saber! - memorial do Curuzu como produção discente

Abstract

O Projeto de pesquisa consiste num memorial de formação, em que o mestrando analisa, reflexivamente, a sua vida intelectivo-profissional; como também, em conjunto, faz parte de um projeto de intervenção que tem como objetivo a análise e instrumentalização da leitura e da produção de textos de estudantes de uma turma do 6º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais -, oriundos de uma escola do bairro Curuzu, em Salvador/Ba. Tal finalidade aplicar-se-á através da confecção de um memorial do bairro de mesmo nome. A construção desse gênero configurar-se-á a partir da produção de uma coletânea de escritas desses alunos sobre pessoas, instituições e locais do bairro. Tudo isso dialogando com as temáticas propostas na Lei 10.639/03 sobre o estudo da África e das contribuições significativas provenientes da diáspora do povo desse continente, a fim de ressignificar o olhar do(a)s aluno(a)s para outra epistemologia (negra) e, consequentemente, associar essas leituras ao contexto territorial desses aluno(a)s. O propósito desses textos é o de funcionar como um arcabouço de elementos ideológico, discursivo e linguístico (Referenciação) que ajudarão os aluno(a)s na compreensão da língua como prática social e cognitiva historicamente situada (MASCUSCHI, 2008). A atual pesquisa consiste em uma perspectiva qualitativa - de cunho etnográfico -, e com características de pesquisa-ação (participação) embasada em concepções teórico-metodológicas: de língua, texto e sujeito numa visão sócio-cognitivo-interacional de Koch (2011) e Marcuschi (2008), de pesquisa-ação de Thiollent (1998), de ReferenciaçãoCortez e Koch (2013), Koch (2011) e Antunes (2010), dos letramentos de AngelaKleiman (1995), de Letramento de Reexistência de Ana Lúcia Silva Souza, de Letramentos Múltiplos de Roxane Rojo, de Identidade de Stuart Hall (2014), de Memórias Autobiográficas de Passegi (2010), de epistemologia negra de Muniz Sodré (2017), Nilma Lino Gomes (2017) e de outros. O atual trabalho, que está chancelado à linha de pesquisa Leitura e Produção Textual: diversidade social e práticas docentes, vincula-se ao Programa Profletras – Mestrado Profissional em Letras da Universidade Federal da Bahia (UFBA).