Repositorio Dspace

Caracterização da microbiota intestinal, perfil inflamatório e integridade da barreira gastrointestinal de crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista

Mostrar el registro sencillo del ítem

dc.creator Brito, Anne Karoline Pereira
dc.date.accessioned 2025-07-22T11:36:05Z
dc.date.available 2025-07-22T11:36:05Z
dc.date.issued 2024-12-17
dc.identifier.uri https://repositorio.ufba.br/handle/ri/42563
dc.description.abstract Introduction: Autism Spectrum Disorder (ASD) is a complex and multifactorial condition that involves social and cognitive deficits in affected individuals. In this context, the study of the gut microbiota has gained relevance, as the microorganisms that compose it interact metabolically, immunologically, and hormonally with the host. Studies on the prevalence of specific strains in the gut microbiota of individuals with ASD are conflicting, and there is still no clear understanding of the microbiota profile in this population or its relationship with intestinal epithelial barrier composition, behavior, and food preferences.Objective: To characterize the gut microbiota and its antimicrobial resistance genes (ARG), as well as to evaluate the eating behavior of children with ASD. Methodology: A non-randomized controlled study was conducted with children diagnosed with autism (ASD) (n=18) and neurotypical children (NT) (n=20). Weight and height data were collected for anthropometric assessment, along with information on gastrointestinal symptoms. Fecal samples were collected for metagenomic sequencing and antimicrobial resistance gene analysis. Relative abundance, alpha diversity, and beta diversity analyses were performed to characterize the microbiota and resistance genes, along with differential relative abundance analysis. Zonulin, Claudin, and Occludin concentrations were analyzed from fecal samples. The Children's Eating Behavior Questionnaire (CEBQ) was used to assess eating behavior, while a 24-hour dietary recall (R24h) was employed to evaluate the level of processing and nutritional quality of foods consumed on the day prior to fecal sample collection. Additionally, blood samples were used to isolate polymorphonuclear cells (PBMCs) and measure TNF-α, IL-6, and IL1-β levels after exposure to lipopolysaccharides (LPS) (1μg/ml) and phytohemagglutinin (PHA) (10μg/ml) for 1 hour and 3 hours.Results: All children in the ASD group reported at least one gastrointestinal symptom. Fecal samples from children with ASD showed significantly lower alpha diversity than those from NT children (p=0.007). PERMANOVA analysis revealed that beta diversity was significantly different between groups (p=0.004), indicating some level of separation between groups in principal coordinate analysis. The genera Staphylococcus, Haemophilus, Brevibacterium, and Bifidobacterium were differentially abundant in children with ASD, whereas Stenotrophomonas and Enterobacter were more differentially abundant in the NT group. Zonulin, Claudin, and Occludin concentrations were significantly higher in the ASD group (p<0.001). Children in the ASD group had significantly lower mean scores in the "Food Selectivity" subscale (p=0.002) compared to NT children. However, they also consumed significantly fewer "salads" and "non-starchy vegetables" while consuming more "sugar-rich or sugar-added foods," "ready-to-eat and semi-processed industrialized foods," "low-nutritional-value beverages," and "fried foods, fatty meats, and fatty sauces" compared to NT children. In the antimicrobial resistance gene (ARG) analysis, an average of 782 genes was identified. The ASD group exhibited greater ARG diversity compared to the NT group (p<0.001). In the inflammatory cytokine analysis, children in the ASD group showed higher TNF-α and IL1-β concentrations at the 3-hour time point compared to the NT group for both LPS and PHA exposure.Conclusion: Children with ASD exhibit physiological alterations that impact their quality of life and responsiveness to treatments and therapies. Reduced microbial diversity, increased gut barrier permeability, and elevated inflammatory cytokine levels in ASD 22 children are key findings for characterizing physiological components in Brazilian children and developing strategies to mitigate these alterations. pt_BR
dc.description.sponsorship CNPq pt_BR
dc.language por pt_BR
dc.publisher Universidade Federal da Bahia pt_BR
dc.rights Acesso Aberto pt_BR
dc.subject Autismo pt_BR
dc.subject Resistência pt_BR
dc.subject.other Microbiota pt_BR
dc.subject.other Inflamação pt_BR
dc.title Caracterização da microbiota intestinal, perfil inflamatório e integridade da barreira gastrointestinal de crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista pt_BR
dc.type Tese pt_BR
dc.publisher.program Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas (PMPGCF)  pt_BR
dc.publisher.initials UFBA pt_BR
dc.publisher.country Brasil pt_BR
dc.subject.cnpq CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE pt_BR
dc.contributor.advisor1 Marques, Lucas Miranda
dc.contributor.advisor-co1 Ganda, Erika
dc.contributor.advisor-co1Lattes http://lattes.cnpq.br/5183077495321085 pt_BR
dc.contributor.referee1 Gusmão, Amélia Cristina Mendes de Magalhães
dc.contributor.referee2 de Freitas, Leandro Martins
dc.contributor.referee3 Sousa, Laís Ferraz Brito
dc.contributor.referee4 Gaeta, Natália Carrillo
dc.contributor.referee5 Marques, Lucas Miranda
dc.creator.Lattes http://lattes.cnpq.br/3181870609001884 pt_BR
dc.description.resumo Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma desordem complexa e multifatorial que implica em déficits sociais e cognitivos nos indivíduos. Nesse contexto, o estudo da microbiota intestinal tornou-se relevante, pois os microrganismos que a compõem interagem metabolicamente, imunologicamente e hormonalmente com o hospedeiro. Estudos sobre a prevalência de cepas específicas na microbiota intestinal de indivíduos com TEA são conflitantes, e ainda não há uma ideia clara sobre o perfil da microbiota intestinal desta população e sua relação com a composição da barreira epitelial intestinal e com o comportamento e preferências alimentares. Objetivo: Caracterizar a microbiota intestinal e seus genes de resistência antimicrobianos (ARG), bem como avaliar o comportamento alimentar de crianças com TEA. Metodologia: Foi realizado um estudo controlado não randomizado com crianças (n=18) diagnosticadas com autismo (TEA) e crianças (n=20) sem neuroatipias (NT). Dados de peso e estatura foram coletados para avaliação antropométrica, bem como dados de sintomas gastrointestinais. Amostras fecais foram coletadas para sequenciamento metagenômico e análise de genes de resistência. Análises de abundância relativa, alfa diversidade e beta diversidade foram realizadas para caracterizar a microbiota e genes de resistência, bem como análise de abundância relativa diferencial. Concentrações de Zonulina, Claudina e Ocludina foram analisadas a partir de amostra fecal. O Questionário de Comportamento Alimentar de Crianças (CEBQ) foi utilizado para avaliar o comportamento alimentar e o recordatório alimentar de 24h (R24h) foi utilizado para avaliar o nível de processamento e qualidade nutricional de alimentos ingeridos no dia anterior à coleta fecal. Além disso, amostras de sangue foram utilizadas para isolamento de células polimorfonucleares (PBMC) e dosagem de TNF-α, IL-6 e IL1-β após exposição de células a lipopolissacarídeos (LPS) (1μg/ml) e fitohemaglutina (PHA) (10μg/ml), durante 1 hora e 3 horas. Resultados: Todas as crianças do grupo TEA apresentaram pelo menos uma queixa de sintoma gastrointestinal. Amostras fecais de crianças com TEA apresentaram diversidade significativamente menor (diversidade alfa) do que amostras de crianças do grupo NT (p=0,007). A análise PERMANOVA revelou que a diversidade beta foi significativamente diferente entre os grupos (p=0,004), mostrando algum nível de separação entre os grupos na análise de coordenadas principais. Os gêneros Staphylococcus, Haemophilus, Brevibacterium e Bifidobacterium foram diferencialmente abundantes em crianças do grupo TEA, enquanto os gêneros Stenotrophomonas e Enterobacter foram mais abundantemente diferenciais no grupo NT. Zonulina, Claudina e Ocludina apresentaram concentrações significativamente mais altas nas amostras das crianças do grupo TEA (p<0,001). As crianças do grupo TEA apresentaram uma média significativamente menor na subescala “Seletividade alimentar” (p=0,002), quando comparadas com crianças do grupo NT, porém foi observado um consumo significativamente menor de” saladas” e “vegetais não amiláceos” em crianças do primeiro grupo e um maior consumo de “alimentos ricos em açúcar ou com açúcar adicionado”, “alimentos industrializados prontos e semiprontos”, “bebidas com baixo teor nutricional” e “frituras, carnes gordurosas e molhos gordurosos”, quando comparadas com crianças do grupo NT. Na análise de genes de resistência antimicrobiana (ARG), uma média de 782 genes foi identificada. O 20 grupo TEA apresentou maior diversidade de ARG em comparação com o grupo NT (p<0,001). Na análise de citocinas inflamatórias, observou-se que crianças do grupo TEA apresentaram maiores concentrações de TNF-α e IL1-β no tempo de 3 horas, quando comparadas com o grupo NT, para LPS e PHA. Conclusão: Crianças com TEA apresentam alterações fisiológicas que impactam na sua qualidade de vida e responsividade a tratamentos e terapias. Uma menor diversidade de microrganismos, associada a uma maior permeabilidade da barreira gastrointestinal e presença de citocinas inflamatórias em crianças do grupo TEA são achados essenciais para a caracterização de componentes fisiológicos de crianças brasileiras e desenvolvimento de estratégias que minimizem essas alterações. pt_BR
dc.publisher.department Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS) pt_BR
dc.type.degree Doutorado pt_BR


Ficheros en el ítem

Este ítem aparece en la(s) siguiente(s) colección(ones)

Mostrar el registro sencillo del ítem