Resumo:
Compartilhamento de dados está inserido na prática científica desde os seus primórdios. Ao subir nos “ombros dos gigantes”, os cientistas realizam uma imersão ao passado, a qual os permite o resgate do conhecimento sedimentado e a apropriação das contribuições dos seus antecessores. O subsídio das produções dos cientistas contemporâneos é adicionado à construção e incorpora-se ao olhar inédito do pesquisador. Um processo milenar que, por um lado, impulsiona a construção de um novo saber científico, por outro, permite um renascer diário e constante de um novo conhecimento.
O compartilhamento, no escopo de uma ciência baseada na produção intensiva de dados, retoma a assertiva do corporativismo e agrega artefatos tecnológicos potencialmente produzidos e disponibilizados nos ambientes e-Science. Estes possibilitam a construção de infraestruturas computacionais que fornecem suporte às práticas científicas inovadoras e, em especial, às práticas colaborativas realizadas pelos pesquisadores.
O reconhecimento, por parte da comunidade científica, do encadeamento significativo das transformações na cadeia produtiva do conhecimento é evidente. As redes colaborativas são os atores e vetores potenciais para que o compartilhamento dos dados ocorra e se torne o protagonista de um caminhar onde as exigências por recursos e infraestruturas repartidas são cada vez mais prementes e as alternativas para a manutenção do fazer cientifico são afetadas pelas crises diversas.