Resumo:
Essa pesquisa proporciona a percepção das relações entre as imagens do corpo e
as imagens digitais como um modo diferenciado de articulação e de
operacionalidade na dança. Para isso, propõe que a auto-organização entre os
componentes das diversas imagens se apresente como condição para a feitura da
dança, aqui, apresentada. Propõe que, nesse modo de fazer, a composição não se
dá em estado prévio a configuração, mas no momento em que a dança acontece,
em tempo real. Para isso, aposta numa perspectiva sistêmica que compreende a
mediação como necessária para as correlações entre diferentes sistemas: corpo e
tecnologia digital. Nesse sentido, a dança é construída na simultaneidade das
informações que ocorrem na presentidade através da efetuação de coerências entre
sistemas. Lida com as instabilidades e flutuações próprias do seu processo de
construção, pois ocorrem bifurcações que geram ramificações não previstas.
Anamorfose Interativa é feita assim, e promove o sentido de dança como
acontecimento, porque há um jogo entre as imagens do corpo, as imagens digitais e
imagens sonoras construindo ambiências: são situacionais. A dança Anamorfose
Interativa promove uma articulação entre a criação artística e a pesquisa acadêmica,
onde suas conexões produzem essas imagens, aqui, expostas, em forma de texto.
