Resumo:
Introdução: o teste do Desenho da Casa-Árvore-Pessoa (H-T-P), como um instrumento projetivo de avaliação qualitativa, é muito
difundido na clínica psicológica. Todavia, como uma avaliação quantitativa de aspectos cognitivos, ainda apresenta parâmetros
psicométricos bastante limitados. Objetivo: avaliar as propriedades psicométricas de uma proposta quantitativa da forma reduzida
do H-T-P, baseada na expressão gráfica. Metodologia: os sujeitos com esquizofrenia e os sujeitos controles foram avaliados com a
forma reduzida do H-T-P (correção adaptada). A confiabilidade foi calculada mediante a avaliação da consistência interna (alfa de
Cronbach e teste das metades) e da consistência temporal (teste-reteste). A validade de critério foi realizada mediante a comparação
da diferença entre os grupos de sujeitos controles e o de sujeitos com esquizofrenia. Resultados: a consistência interna para o
valor do alfa de Cronbach encontrado, na fase de teste, foi 0,71 e o teste das metades foi 0,66. Na fase reteste, o teste das metades
obteve o valor de 0,71. A confiabilidade temporal para o grupo de sujeitos controles e o grupo de sujeitos com esquizofrenia foram,
respectivamente, 0,60 e 0,80. A validade de critério pôde distinguir as diferenças entre os grupos. Discussão: a forma reduzida
considerou características nitidamente mensuráveis dos desenhos as quais estavam descritas no manual do instrumento como as
encontradas em sujeitos com baixa capacidade cognitiva, esquizofrenia e psicoses em geral. Conclusão: a forma reduzida do H-T-P
com correção adaptada mostrou boa confiabilidade nas consistências internas, no teste-reteste e na validade de critério. Portanto,
o instrumento apresentou-se útil para avaliar aspectos da expressão gráfica em pacientes com esquizofrenia.