Resumo:
A perda auditiva se configura como a segunda maior incapacidade dentre os vários comprometimentos funcionais em idosos,
acometendo aproximadamente 1/3 das pessoas com mais de 65 anos. Entre as alterações sensoriais inerentes a este processo, podese
citar a presbiacusia, definida como a perda auditiva associada ao envelhecimento, uma das principais causas de isolamento social
no idoso. Objetivo: verificar se existe relação entre os achados audiológicos, a queixa de dificuldade para ouvir e a percepção da
desvantagem auditiva. Metodologia: trata-se de um estudo do tipo seccional de base ambulatorial, realizado entre abril e agosto de
2015. Os participantes responderam a ficha de coleta desenvolvida para pesquisa, constando os dados sócio-demográficos e queixas
otoneurológicas, realizaram a avaliação audiológica básica e o questionário Hearing Handicap Inventory for the Elderly. Resultados: o
estudo foi composto por 22 indivíduos, a maioria foi do sexo feminino, com idade variando entre 56 e 86 anos, com média de 66,7
anos. Os resultados do presente estudo revelaram elevada frequência (18/22) de alteração audiológica na população estudada,
caracterizada por perda auditiva com maior comprometimento nas altas frequências. Porém, poucos indivíduos referiram
dificuldade para ouvir ou apresentaram percepção da desvantagem auditiva. Conclusão: o perfil audiológico dos indivíduos analisados
não favorece a percepção da desvantagem auditiva. Entretanto, em virtude da elevada frequência dessa alteração e suas implicações
na comunicação, é de fundamental importância a investigação da função auditiva na avaliação de rotina desses indivíduos.