Resumo:
Introdução: as pesquisas com uso de biomateriais substitutos ósseos têm crescido de forma exponencial nas últimas décadas, em todo
o mundo. Estes materiais podem ser produzidos em diferentes geometrias e tamanhos de partículas que, dentre outros fatores físicoquímicos,
influenciam diretamente a resposta tecidual após a sua implantação in vivo. Objetivo: analisar a influência da diferença entre
duas faixas granulométricas de microesferas de hidroxiapatita (HA) nanoestruturada associada ao alginato (HAn/alg), na fase inicial do
reparo ósseo de defeito crítico, em calvária de rato. Metodologia: utilizou-se 10 ratos Wistar machos para compor os grupos experimentais:
M1 – defeito ósseo preenchido com microesferas de HAn/alg, com dimensões de 250-425μm; M2 – defeito ósseo preenchido com
microesferas de HAn/alg, com dimensões de 425-600μm, avaliados após 15 dias de implantação. Resultados: na análise histológica,
observou-se resposta inflamatória crônica granulomatosa de permeio às microesferas, nos dois grupos, porém mais evidente no M2, no
qual as microesferas mostraram fragmentação mais acentuada. Em relação ao reparo ósseo, notou-se neoformação óssea reparativa,
adjacente às bordas, tanto no M1 quanto no M2. Contudo, no M1, este achado histológico foi também observado, ora circundante a
algumas microesferas, ora no interior destas, principalmente daquelas localizadas próximas às margens do defeito. Conclusão: concluise
que na fase inicial do reparo ósseo, o tamanho da microesfera influenciou, principalmente, na disposição espacial das partículas e as
microesferas de faixa granulométrica menor – de 250-425μm – apresentaram melhor arcabouço de preenchimento e distribuição ao
longo do defeito, mais favoráveis à regeneração óssea, em relação às partículas de faixa granulométrica de 425-600μm.