Resumo:
Atualmente a tocante “bem-estar” tem sido frequentemente levantada no que diz
respeito ao manejo de animais, sejam eles para produção ou conservação. Encontrar uma forma
efetiva de mensurar o bem-estar de animais cativos configura-se com um grande desafio e, para
isso, tem-se feito o uso dos estudos comportamentais, através, principalmente, da avaliação dos
comportamentos estereotipados, e das avaliações fisiológicas, através da mensuração
glicocorticoide cortisol. Portanto, objetivou-se avaliar criticamente as principais metodologias
de análise do bem-estar em animais silvestres usadas na literatura científica brasileira. Dentro
do estudo comportamental, a avaliação dos comportamentos estereotipados é largamente
utilizada como indicados de bem-estar, porém há grande divergência nos resultados dos
trabalhos que utilizam as estereotipias como parâmetro. Já os trabalhos que analisam os
comportamentos como um conjunto avaliando a sua complexidade parecem ter mais
consistência. Apesar dos seus resultados apresentarem grande divergência, as análises das de
cortisol demonstra ser um bom indicador de bem-estar. Os indicadores comportamento e
cortisol devem ser usados concomitantemente para gerar resultados mais consolidados. As
técnicas de enriquecimento ambiental demonstram ser uma boa alternativa para a promoção do
bem estar, pois através da sua aplicação os animais apresentam aumento no repertorio
comportamental e diminuição dos comportamentos estereotipados.