Resumo:
Mais recentemente, tem-se constatado, na Cidade de Salvador, que os
deficientes auditivos vêm conquistando espaço no mercado de trabalho.
Questiona-se, então, que motivo levou estas empresas a contratar
deficientes auditivos e em que medida estes deficientes têm-se revelado
eficientes? Com o intuito de responder a estas questões, foram entrevistados
gerentes e supervisores de cinco empresas nas quais encontram-se
surdos trabalhando. Houve diferenças nas respostas, quanto ao motivo
das contratações, entre os gerentes e os supervisores. A visão da maioria
dos gerentes é mais capitalista, ou seja, é a visão dos benefícios que essas
contratações podem trazer para tais empresas com relação ao lucro. Já
para a maioria dos supervisores, essas contratações foram feitas para
ajudá-los, gerando empregos. Com relação à eficiência do trabalho dos
deficientes auditivos, as respostas foram similares. A maioria considerou
a eficiência dos surdos igual ou melhor do que a dos colegas ouvintes.
Observa-se, então, que o trabalhador surdo tem demonstrado, cada vez
mais, competência no trabalho que exerce, e que cabe às empresas abrirem
espaço para essas pessoas mostrarem do que são capazes.