Resumo:
O objetivo deste estudo foi compreender como as revendedoras de confecção, chamadas “sacoleiras”, estabelecem a “conciliação” entre trabalho informal e família. A construção foi feita a partir dos relatos de experiência das revendedoras sobre como elas organizam o seu cotidiano domiciliar e extra domiciliar. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de cunho qualitativo, através do registro de observações empíricas realizadas ao longo do tempo em que convivi com o universo de sacoleiras na condição de funcionária da loja de confecções e de entrevistas semiestruturadas com oito dessas mulheres. Observou-se que as sacoleiras, enquanto trabalhadoras que contribuem, ainda que invisivelmente, para o desenvolvimento da economia não só precisam ter seu cotidiano (re) conhecido como estão imersas numa realidade desafiadora e convidativa para futuras pesquisas relacionadas à sua saúde, sexualidade e interfaces com os marcadores de geração e raça/etnia, dentre outros. Este trabalho, portanto, apresenta-se, modestamente, como uma porta de entrada, cuja chave requer desta e de outros/as pesquisadores/as um olhar mais acurado, e com perspectiva de gênero, que possibilite desvendar um campo ainda pouco explorado.
Descrição:
Monografia submetida ao Bacharelado de Estudos de Gênero e Diversidade daUniversidade Federal da Bahia-UFBA, em cumprimento parcial dos requisitos para obtenção do grau de Bacharela em Gênero e Diversidade.