Resumo:
Abscesso esplênico: análise secundária de dados de tratamento e evolução clínica. Abscesso esplênico é processo supurativo que envolve parênquima esplênico ou espaço subcapsular, sendo problema incomum na clínica com menos de 800 casos relatados na literatura. Objetivo: estudar casos publicados e descrever suas principais características clínicas, tratamentos indicados e evolução clínica. Metodologia: revisão bibliográfica, através de análise secundária de dados dos casos publicados de janeiro de 2000 a dezembro de 2012. Resultados: nos 115 casos desse período, os microorganismos mais isolados foram do gênero Salmonella, seguido pelos Staphylococcus e Streptococcus, e em 10,3% dos casos pelo Mycobacterium tuberculosis. Maior parte foi tratada por algum procedimento cirúrgico, isolado ou associado antibioticoterapia, e/ou drenagem cirúrgica. Em aproximadamente 2/3 dos casos não houve registro de complicações, e quando houve as mais freqüentes foram respiratórias. Quanto ao desfecho do caso ou tipo de saída, quase totalidade (96,9%) sobreviveu ao diagnóstico de abscesso esplênico. Discussão: tratamento cirúrgico continua sendo primeira opção, com elevada taxa de sucesso, mas grande parte dos casos tem muitas informações não registradas e isso comprometeu muito a avaliação geral dos casos. Conclusão: Mesmo com informações mais recentes sobre aspectos clínicos e evolutivos sobre abscesso esplênico, muitas dessas estão informações comprometidas porque nas publicações não mereceram devidos registros, alguns essenciais à completa avaliação do caso publicado.
