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Tipo: Dissertação
Título: Biogeoquímica do ambiente estuarino do rio passa vaca em área urbana de Salvador, BA
Autor(es): Andrade, Consuelo Lima Navarro de
Autor(es): Andrade, Consuelo Lima Navarro de
Abstract: Este trabalho apresenta um estudo biogeoquímico no estuário do rio Passa Vaca, situado em área urbana da cidade de Salvador, Bahia. Para o estudo da morfologia foliar foram estabelecidas três áreas de amostragem, nas quais foram selecionaas três árvores de cada espécie obrigatória de manguezal presente (Laguncularia racemosa (L.) Gaertn e Rhizophora mangle L.) e coletadas 30 folhas adultas em cada. Foram avaliadas: as medidas biométricas; as características externas (necrose tecidual, clorose, perfurações, bordas revolutas e manchas escuras); e as características internas (disposição dos diversos tecidos, presença de glândulas, de galhas, drusas, dentre outras estruturas) por meio de cortes histológicos. Para o estudo das demais variáveis foram estabelecidos dois transectos nas margens do rio, nos quais foram demarcados 15 pontos de amostragem com 60 m² cada. Para a avaliação da estrutura da vegetação, foram contados e mensurados alturas e circunferências de todos os indivíduos, das espécies obrigatórias de manguezal presentes. Para o estudo químico foram também coletadas, em cada ponto dos transectos, 30 folhas adultas, porções de sedimento de superfície, e estimados os parâmetros não conservativos: pH, Eh, temperatura e salinidade, na água intersticial e no sedimento e o Oxigênio Dissolvido (OD) nas águas superficiais do rio. Foram determinados os elementos: Zn, Cu, Fe, Mn, Na, K, Ca, Al nas folhas e nos sedimentos, além de Mg nas folhas; e os teores de P, Carbono Orgânico Total (COT), N, granulometria e isótopos de nitrogênio (δ 15 N) e carbono (δ 13 C) nos sedimentos. Os resultados demonstraram que a espécie Laguncularia racemosa (L.) Gaertn teve maior dominância na área estudada e que o bosque estudado se encontra em estágio maduro de desenvolvimento. Á nível morfológico as espécies apresentaram muitas adaptações relacionadas à manutenção da homeostase e para a sobrevivência em ambiente antropizado. Além disso, foram observadas muitas necroses e fragilidades teciduais, sobretudo na espécie Laguncularia racemosa (L.) Gaertn. Entretanto, a composição química e a morfologia das folhas, no geral, não diferiram de outros estudos em áreas de manguezal também impactadas por atividades antrópicas, com exceção para as concentrações de K, que estiveram abaixo do referenciado pela literatura. Nos sedimentos foram encontradas concentrações de Cu e Fe acima do referenciado pela literatura em alguns pontos e foram observadas correlações entre a temperatura do sedimento e a densidade de indivíduos mortos, além de associações entre densidade de Rhizophora mangle L. e a composição química do substrato. Também foram observadas correlações sedimento/ planta na concentração dos nutrientes avaliados, contudo, os fatores de concentração para os metais pesados estiveram abaixo de 1,0, indicando baixa absorção destes pelas plantas. A razão molar C/N e isotópicas δ 13 C e δ 15 C indicaram que um percentual considerável da matéria orgânica na área estudada é de fonte terrestre, sendo proveniente da vegetação do próprio manguezal. Assim, ficou evidenciado que a vegetação do estuário do rio Passa Vaca atua como barreira biogeoquímica no transporte e exportação de metais para o manguezal e o ecossistema costeiro adjacente.
Palavras-chave: Manguezal
Biogeoquímica
Laguncularia racemosa (L.) Gaertn
Rhizophora mangle L.
URI: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/7179
Data do documento: 4-Abr-2012
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