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Tipo: Dissertação
Título: Quilombolas de Jequitibá: processos identitários e luta pela terra
Autor(es): Soares, Claudivan Silva
Autor(es): Soares, Claudivan Silva
Abstract: A pesquisa visa a analisar o desenvolvimento do conflitos de terras na Comunidade Jequitibá - localizada no município de Mundo Novo, centro-norte da Bahia - e como, no processo de identificação étnica e reivindicação territorial, os quilombolas de Jequitibá apresentam e mobilizam diacríticos. Para tanto, contou-se, majoritariamente, com 18 dias pernoitados nas adjacências de Jequitibá, divididos em dois momentos de 9 dias cada. Para a produção dos dados de pesquisa foi fundamental o contato direto e semi-dirigido com os informantes, a observação direta do cotidiano ou de eventos in loco. Além disso, foram realizadas entrevistas qualitativas semiestruturadas, individuais e grupais. Contou-se com análise documental para verificações pontuais como: datas de alguns acontecimentos; confirmação de níveis parentais; elucidação de determinados fatos. Somado a isso, os documentos, no espectro do qual incluiu-se imagens capturadas ou acessadas, foram utilizados como fonte primária de análise. O ambiente virtual, particularmente aplicativo de smartphone WhatsApp, foi também utilizado como meio de produção de dados. Verificou-se que a instituição da morada/agregadio na Fazenda Jequitibá foi uma condição marcante na formação da Comunidade de Jequitibá, atrelada ao estreito horizonte de possibilidades, na zona rural, para os egressos da escravidão no pós-abolição. Constatou-se que os conflitos de terra na Fazenda se iniciam quando o equilíbrio assimétrico, que caracteriza a morada/agregadio, se rompe. Em um segundo momento, tal conflito desenvolve-se em demanda por titulação territorial ao Estado, através da política pública para territórios quilombolas. Em paralelo, se dá o processo de identificação étnica em Jequitibá. A pesquisa revelou que os diacríticos étnicos, neste processo, são mediados e mediadores de uma imaginação sobre o “povo quilombola”. Mostrou, ainda, que essa imaginação se materializa nos corpos dos agentes envolvidos na identificação étnica, conformados, agora, em um sentido positivo. A pesquisa revelou, enfim, que aqueles elementos que do ponto de vista local não encontram definição ontológica exata (se da natureza ou da cultura), como as assombrações de Jequitibá, podem, em contexto de encontro entre pesquisador/técnico/funcionário público e os locais, ser destacados como diacríticos.
Palavras-chave: Identificação étnico-quilombola
Conflitos de terras
Diacríticos étnicos
CNPq: Antropologia
País: brasil
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-graduação em Antropologia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33545
Data do documento: 11-Jun-2021
Aparece nas coleções:Dissertação (PPGA)

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