Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/32840
Tipo: Tese
Título: Tecituras ambientais nas margens escolares para ensinos de ciências insurgentes.
Autor(es): Molano, Javier Giovanny Sánchez
Autor(es): Molano, Javier Giovanny Sánchez
Abstract: O autor-ator, através de uma estratégia cartográfica, mergulha em um trabalho de campo em duas escolas públicas da periferia de Salvador Bahia, selecionadas por meio de uma chamada pública em que se oferece como professor auxiliar. Assim, entra em contato com diversas/os professoras/es de ciências naturais e exatas, conseguindo abordar algumas práticas e processos escolares. O relato dessas interações foi alimentado a partir de suas memórias, anotações de campo, registros audiovisuais e as resenhas e comentários das/os atrizes/atores envolvidas/os; descrevendo, interpretando e analisando como a dimensão ambiental está presente nos sentidos e significados que as/os sujeitos envolvidas/os oferecem às suas práticas escolares. Essa estratégia metodológica que batizamos como Cartografias dos Cotidianos Escolares, foi inspirada nas orientações em torno da etnopesquisa em educação elaboradas por Macedo, que dialogam com o paradigma da polifonia exposto por Clifford, e com as propostas da sociologia do cotidiano defendidas por Michel de Certeau; também contemplando os desafios que se expressam, na experiência de campo no nível das subjetividades e dos afetos, teorizados nas Cartografias afetivas de Kastrup e Rolnik. Para a análise de suas experiências, o autor-ator construiu um referencial teórico tecendo interfaces cultura-ambiente-ciência-educação. Da perspectiva interpretativa do conceito de cultura (Geertz), e de diferentes desdobramentos pós-coloniais da análise cultural (Bhabha; Hall; Garcia-Canclini) postos em diálogo com o conceito de artes de fazer (Certeau) gera discussões sobre o alcance, as limitações e os desafios desses desdobramentos para compreender os processos escolares nas periferias urbanas da América Latina. Projetando o conceito de Interculturalidade Antropofágica como uma dinâmica cultural que permitiria a apropriação criteriosa e crítica de conhecimentos e epistemologias hegemônicas, ao mesmo tempo que valoriza outros saberes, comunais, ancestrais e populares colocando-os em diálogo e contato em função dos desejos e necessidades das populações oprimidas do Sul Global. A seguir, apropria-se da representação ampliada do ambiente expressa por Guattari por meio do conceito de ecosofia. Essa representação, articula os aspectos ecológicos, sociológicos e psicológicos dos desafios contemporâneos da humanidade. Permitindo que estabeleça diálogos com as coloridas tecituras ambientais feitas a partir da prática política dos Movimentos Sociais da América Latina e, de teóricos como Reigota, de quem toma seus desenvolvimentos na educação ambiental; e, Leff, de quem é tomado o conceito de racionalidade ambiental, estabelecendo horizontes axiológicos para as práticas e processos de educação intercultural. Estas Tecituras Ambientais que se projetam em valores de justiça social, sustentabilidade ecológica, diversidade cultural e participação democrática, fundamenta concepções contra-hegemônicas ou pós-normais de ciência desenvolvidas por Boaventura de Sousa Santos desde o pragmatismo epistemológico e Lacey desde a pesquisa multiestratégica. Essas ciências contra-hegemônicas articuladas às pedagogias críticas e decoloniais de Walsh, Mclaren e Candau, tornam possível propor o arcabouço de Ensinos de Ciências InSURgentes ECI, que escapam a qualquer tipo de teleologia ou dogma biologicista, ecologicista, culturalista, historicista ou economicista. A aplicação do referencial teórico sintetizado acima para a análise do relato de campo, mostra o imenso potencial das Tecituras Ambientais para a transversalização e integração curricular. Bem como algumas limitações para o desenvolvimento de processos e práticas ECI que foram percebidas nas Feiras Escolares de Ciências que ocorreram em 2017 e 2018 nas escolas selecionadas.
The author-actor, through an anthropological strategy, dives into fieldwork in two public schools on the outskirts of Salvador Bahia, selected through a public call in which he offers himself as an assistant teacher. Thus, he gets in contact with several natural and exact science teachers, managing to approach some school practices and processes. The report of these interactions was fed from his memories, field notes, audiovisual records and the reviews and comments of the actresses/actors involved; describing, interpreting and analyzing how the environmental dimension is present in the senses and meanings that the subjects involved offer to their daily school practices. This methodological strategy, which we call School Everyday’s Cartographies, was inspired by the orientations around ethnoresearch in education elaborated by Macedo, which dialogue with the polyphony paradigm exposed by Clifford, and with the proposals of the everyday’s sociology defended by Michel de Certeau; also contemplating the challenges that are expressed, in the field experience at the level of subjectivities and affections, theorized in the Affective Cartographies of Kastrup and Rolnik. For the analysis of his experiences, the ABSTRACT The author-actor built a theoretical framework weaving interfaces between culture-environment-science-education. From the interpretative perspective of the concept of culture (Geertz), and from different post-colonial developments of cultural analysis (Bhabha; Hall; Garcia-Canclini) put in dialogue with the concept of arts of doing (Certeau) generates discussions about the scope, the limitations and challenges of these developments to understand school processes in urban peripheries in Latin America. Projecting the concept of Anthropophagic Interculturality as a cultural dynamic that would allow the judicious and critical appropriation of hegemonic knowledge and epistemologies, while valuing other knowledge, communal, ancestral and popular, placing them in dialogue and contact according to the desires and needs of the oppressed populations of the Global South. Next, he appropriates the expanded representation of the environment expressed by Guattari through the Ecosophy’s concept. This representation articulates the ecological, sociological and psychological aspects of the contemporary challenges of humanity. Allowing him to establish dialogues with the colorful Environmental Weaves made from the political practice of Social Movements in Latin America and, from theorists like Reigota, from whom he takes the developments in environmental education; and Leff, from whom the concept of environmental rationality is taken, establishing axiological horizons for intercultural education. These Environmental Weavings that project themselves on values of social justice, ecological sustainability, cultural diversity and democratic participation, underlie counter-hegemonic or post-normal conceptions of science developed by Boaventura de Sousa Santos from epistemological pragmatism and Lacey from multi-strategic research. These counter-hegemonic sciences, articulated with the critical and decolonial pedagogies of Walsh, Mclaren and Candau, make possible to propose the framework of IST InSURgents Sciences Teachings, which escape any type of teleology or biological, ecological, culturalist, historicist or economist dogma. The application of the theoretical framework synthesized above for the analysis of the field report, shows the immense potential of Environmental Weavings for transversalization and curricular integration. As well as some limitations to the development of IST processes and practices that were noticed at the School Science Fairs that took place in 2017 and 2018 in the selected schools.
RESUMEN El autor-actor, a través de una estrategia antropológica, se sumerge en un trabajo de campo en dos escuelas públicas de la periferia de Salvador Bahía, seleccionadas a través de una convocatoria pública en la que se ofreció como profesor auxiliar. Así, se pone en contacto con varias/os profesoras/es de ciencias naturales y exactas, logrando acercarse a algunas prácticas y procesos escolares. La narración de estas interacciones se alimentó de sus memorias, notas de campo, grabaciones audiovisuales y las reseñas y comentarios de las actrices/actores involucradas/os; describiendo, interpretando y analizando cómo la dimensión ambiental estaba presente en los sentidos y significados que las/os sujetos involucradas/os ofrecen a sus prácticas escolares. Esta estrategia metodológica, que bautizamos como Cartografías del Cotidiano Escolar, se inspiró en las orientaciones en torno a la etno-investigación educativa elaboradas por Macedo, que dialogan con el paradigma de la polifonía expuesto por Clifford, y con las propuestas de la sociología de los cotidianos defendidas por Michel de Certeau; contemplando además los desafíos que se expresan, en la experiencia de campo al nivel de las subjetividades y afectos, teorizados en las Cartografías Afectivas de Kastrup y Rolnik. Para el análisis de sus experiencias, el autor-actor construyó un marco teórico tejiendo interfaces entre cultura-ambiente-ciencia-educación. Desde la perspectiva interpretativa del concepto de cultura (Geertz), y desde diferentes desarrollos poscoloniales del análisis cultural (Bhabha; Hall; García-Canclini) puestos en diálogo con el concepto de Artes de Hacer (Certeau) genera discusiones sobre el alcance, las limitaciones y desafíos de estos desarrollos para comprender los procesos escolares en las periferias urbanas de América Latina. Proyectando el concepto de Interculturalidad Antropofágica como una dinámica cultural que permitiría la apropiación criteriosa y crítica de saberes y epistemologías hegemónicas, valorando otros saberes, comunales, ancestrales y populares, poniéndolos en diálogo y contacto de acuerdo a los deseos y necesidades de las poblaciones oprimidas del Sur Global. A continuación, se apropia de la representación ampliada de ambiente expresada por Guattari a través del concepto de Ecosofía. Esta representación articula los aspectos ecológicos, sociológicos y psicológicos de los desafíos contemporáneos de la humanidad. Permitiéndole entablar diálogos con los coloridos Tejidos Ambientales construidos desde la práctica política de los Movimientos Sociales en América Latina y, desde teóricos como Reigota, de quien se toman los desarrollos en educación ambiental; y, Leff, de quien se toma el concepto de racionalidad ambiental, estableciendo horizontes axiológicos para la educación intercultural. Estos Tejidos Ambientales que se proyectan en valores de justicia social, sustentabilidad ecológica, diversidad cultural y participación democrática, subyacen en las concepciones contrahegemónicas o posnormales de ciencia desarrolladas por Boaventura de Sousa Santos desde el pragmatismo epistemológico y Lacey desde la investigación multi-estratégica. Estas ciencias contrahegemónicas, articuladas con las pedagogías críticas y decoloniales de Walsh, Mclaren y Candau, permiten proponer el marco de Enseñanzas de Ciencias InSURgentes ECI, que escapan a cualquier tipo de teleología o dogma biologicista, ecologicista, culturalista, historicista o economista. La aplicación del marco teórico sintetizado anteriormente para el análisis del relato de campo muestra el inmenso potencial de los Tejidos Ambientales para la transversalización e integración curricular. Así como algunos obstáculos y límites para el desarrollo de procesos y prácticas de ECI percibidos en las Ferias Escolares de Ciencias que se llevaron a cabo en 2017 y 2018 en las dos escuelas seleccionadas.
Palavras-chave: Cartografias dos Cotidianos Escolares
Ensinos de Ciências Insurgentes
Interculturalidade Antropofágica
Periferias Urbanas
Salvador Bahia
Tecituras Ambientais
Ensino de ciências - Salvador (BA
Cotidiano escolar
Educação intercultural
Educação em periferias urbanas
Educação ambiental
Anthropophagic Interculturality
Environmental Weavings
InSURgents sciences Teachings
School everyday cartographies
Urban peripheries
Cartografías del cotidiano escolar
Enseñanzas de Ciencias InSURgentes
Interculturalidad Antropofágica
Periferias urbanas
Tejidos Ambientales
CNPq: Antropologia Educacional
Currículos Específicos para Níveis e Tipos de Educação
Educação em Periferias Urbanas
País: brasil
Sigla da Instituição: UFBA/FACED
UEFS
metadata.dc.publisher.program: em Ensino, Filosofia e História das Ciências
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32840
Data do documento: 19-Fev-2021
Aparece nas coleções:Tese (PPGEFHC)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE GIOVANNY- VERSÃO PUBLICAÇÃO.pdf10,38 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.