Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/27094
Tipo: Dissertação
Título: Associações da fadiga e dependência funcional com aspectos do componente mental da qualidade de vida em pacientes tratados cronicamente por hemodiálise: estudo Prohemo
Autor(es): Peredo, Gabriel Brayan Gutiérrez
Autor(es): Peredo, Gabriel Brayan Gutiérrez
Abstract: RESUMO FUNDAMENTOS E OBJETIVO Dependência funcional e fadiga são altamente prevalentes em pacientes em hemodiálise de manutenção (HDM). Este estudo investigou associações da dependência funcional e fadiga com aspectos do componente mental de qualidade de vida em HDM. MÉTODOS Desenho de estudo - Coorte transversal usando dados da linha de base de 243 pacientes em HDM atendidos em duas clínicas do estudo em curso PROHEMO em Salvador, BA, Brasil. Variáveis preditoras: Dependência funcional e fadiga. Variáveis evento: Escore do Sumário do Componente Mental (MCS) e respostas para duas questões relacionadas com sintomas depressivos. Instrumentos de pesquisa: Versão Brasileira do Kidney Disease Quality of Life Short Form (KDQOL-SF) foram utilizados para os escores do MCS. Adicionalmente, os pacientes foram questionados sobre quanto tempo nas últimas quatro semanas eles sentiram: (1) “tão para baixo que nada conseguia animá-lo?” e (2) “desanimado e deprimido?”. As respostas variaram de “nenhum momento” a “todo o tempo”; “nenhum momento” foi considerado como baixa probabilidade de depressão. A versão Brasileira do “Chalder Fatigue Questionnaire” foi usada para categorizar a fadiga como “ausente/leve” (escore <4 pontos, n=68) ou “moderada/grave” (escore ≥4 pontos, n = 169). As versões em português do questionário de atividade básica da vida diária (ADL) de Katz et al e do questionário de atividades instrumentais da vida diária de Lawton & Brody foram utilizadas para avaliar dependência funcional. O escore da dependência funcional foi determinado pela soma das pontuações ADL e IADL. A dependência funcional foi classificada como “independente” (escore = 13, n = 82), “moderada” (escore = 11- <13, n = 110) ou “altamente dependente” (escore <11, n = 47). Análise dos dados: Regressão linear foi usada paras associações de dependência funcional e fadiga com escores do MCS e regressão logística para associações com as respostas para as questões dos sintomas de depressão. RESULTADOS A média de idade dos pacientes foi de 51,4±12,4 anos; 58% masculino. Na análise ajustada para comorbidades, variáveis sociodemográficas e comorbidades (exceto psiquiátricas), o escore do MCS foi menor para aqueles que relataram dependência funcional; diferença -5,1 (intervalo de confiança (IC) 95% -10,0, -0,1) comparando altamente dependente com independente. Na análise extensivamente ajustada, os pacientes que referiram fadiga moderada/grave apresentaram MCS muito menor do que aqueles com ausência ou baixo grau de fadiga (diferença -8,7, IC 95% -12,0, -5,3). Pacientes com algum grau de dependência funcional (em comparação com independência) referiram mais frequentemente “tão baixo que nada poderia animá-los” (razão de chances ajustada = 2,46, IC 95% = 1,21, 4,98) e “desanimado e deprimido” = 3,0, IC 95% = 1,4, 6,1). Os padrões das associações entre perguntas fadiga e respostas para as duas questões relacionadas à depressão foram semelhantes aos padrões das associações observadas para dependência funcional. Conclusões: Os resultados do presente estudo sugerem que a presença de dependência funcional e fadiga têm efeitos prejudiciais para a saúde psicológica dos pacientes em HDM. No entanto, como o estudo é observacional, não é possível confirmar se as associações observadas são causais. Os resultados chamam a atenção para a necessidade de intervenções eficazes para reduzir a carga psicológica de dependência funcional e fadiga de pacientes em HDM.
ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVE Functional dependence and fatigue are highly prevalent in maintenance hemodialysis (MHD) patients. This study investigated associations of functional dependence and fatigue with aspects of the mental component of quality of life in MHD patients. METHODS Study Design – Cross section of baseline data of 243 patients undergoing MHD patients enrolled in two participating clinics of the ongoing PROHEMO study in Salvador, BA, Brasil. Predictor variables - Functional dependency and fatigue. Outcome variables - Scores of Mental Component Summary (MCS) and responses to two questions related to depressive symptoms. Research questionnaires - Brazilian version of the Kidney Disease Quality of Life Short Form (KDQOL-SF) were used for MCS scores. Additionally, patients were asked how much time over the previous four weeks they felt (1) “so down that nothing could cheer them up”, and (2) “downhearted and depressed”. Responses varied from “none” to “all of the time”; none of the time” was considered low depression probability. The Brazilian version of the “Chalder Fatigue Questionnaire” was used to categorize fatigue as “low/absent” (score<4 points, n=68) or “mild/severe” (score ≥4 points, n=169). Portuguese versions of the basic activity of daily life (ADL) questionnaire by Katz et al and the instrumental activity (IADL) questionnaire by Lawton & Brody were used for functional dependency. Functional dependency score was determined by summing up ADL and IADL scores. Functional dependency was classified as “independent” (score =13, n=82), “moderate” (score = 11-<13, n=110) or “highly dependent” (score<11, n=47). Data analysis - Linear regression was used for associations of functional dependence and fatigue with MCS score and logistic regression for associations with responses to depressive symptom questions. RESULTS Patient mean age was 51.4±12.4 years; 58% male. In analysis adjusted for sociodemographics and non-psychiatric comorbidities the MCS score was lower for those who reported functional dependency; difference -5.1 (95% confidence interval (CI) -10.0, -0.1) comparing highly dependent with independent. In extensively adjusted analysis, patients referring moderate/severe fatigue presented much lower MCS than those with absence or low fatigue degree (difference -8.7, 95% CI -12.0, -5.3). Patients with some degree of functional dependency (compared with independency) referred more often “so down that nothing could cheer them up” (adjusted odds ratio = 2.46, 95% CI = 1.21, 4.98) and “downhearted and depressed” (adjusted odds ratio = 3.0, 95% CI= 1.4, 6.1). The patterns of associations between fatigue and the responses to two depression-related questions were similar to the patterns of associations observed for functional dependency. CONCLUSIONS The results of the present study suggest that the presence of functional dependency and fatigue have detrimental effects to the psychological health of MHD patients. However, because the study is observational is not possible to confirm if the observed associations are causal. The results call attention to the need of effective interventions to reduce the psychological burden of functional dependence and fatigue in MHD patients.
Palavras-chave: Fadiga
Dependência funcional
Qualidade de vida
Doença renal crônica
Diálise
CNPq: Doença Renal Crônica
País: brasil
Sigla da Instituição: PPGMS
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27094
Data do documento: 27-Ago-2018
Aparece nas coleções:Dissertação (PPGMS)



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.