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Tipo: Dissertação
Título: O jogo simbólico da criança cega
Autor(es): Araújo, Sheila Correia de
Autor(es): Araújo, Sheila Correia de
Abstract: Pretende esta dissertação de Mestrado uma compreensão do jogo simbólico da criança cega de dois a quatro anos. A pesquisa parte do pressuposto que a brincadeira e os jogos são inerentes à condição da criança e que estas atividades são alicerces para que o desenvolvimento cognitivo ocorra em busca de um equilíbrio que provoque aprendizagem. Compreender a cegueira a partir da concepção histórica e desmistificá-la como incapacidade para aprender, apreender e ressignificar o mundo, assim como indicar uma saída da concepção visocentrista e tratar a cegueira a partir da fenomenologia das percepções é o que é proposto nesta pesquisa. Para a realização desta investigação, optou-se pela pesquisa qualitativa de estudo de caso. Foram analisadas seis crianças cegas congênitas brincando com o instrumento caixa de brinquedo. Cada criança foi filmada em cinco sessões de 20 minutos, totalizando 10 horas de gravações. Na caixa de brinquedo havia objetos-pivô, previamente selecionados, com o propósito de fomentar o faz-de-conta. As sessões foram filmadas e transcritas no fluxo dos acontecimentos, buscando-se selecionar episódios representativos do jogo simbólico, desde as características apontadas por Piaget. Também foi realizada entrevista semi-estruturada com os pais/acompanhantes das crianças cegas sobre a importância do brincar. A análise dos jogos simbólicos dessas crianças foi observada considerando-se o referencial teórico da epistemologia genética. A pesquisa apresenta considerações finais apontando para o fato de que todas as crianças realizam algum nível de jogo simbólico, seguindo as etapas do desenvolvimento proposto por Piaget; as crianças que vivem em ambiente menos favorecido fazem jogo simbólico com menor complexidade, sendo que as crianças que convivem com a presença de outras crianças propõem mais jogos de representação. Todos os pais das crianças apontaram para o fato de seus filhos não saberem brincar. Outro aspecto relevante apontado pela pesquisa é o fato de nenhuma criança estar freqüentando escola de educação infantil. A importância da intervenção precoce é ratificada com o fato das crianças que apresentam jogo simbólico mais evoluído também foram as que iniciaram mais cedo o atendimento especializado.
Palavras-chave: Criança cega
Jogo simbólico
Educação especial
Blind child
Special education
Simbolic play
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Educação da UFBA
URI: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10544
Data do documento: 2007
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