DSpace Coleção:https://repositorio.ufba.br/handle/ri/56522024-03-29T06:33:19Z2024-03-29T06:33:19ZAnálise de redes sociais e processos de integração grupal: avaliando os impactos da política afirmativa de cotas em uma universidade públicaBastos, Antônio Virgílio BittencourtRibeiro, Elisa Maria Barbosa de AmorimPeixoto, Adriano de Lemos AlvesMiranda, José Garcia VivasCruz, Flávia VitóriaAmaral, Lorene Luize LisboaOliveira, Ludmila Maria GóesArruda, MonalisaSouza, Verônica Andrade Souzahttps://repositorio.ufba.br/handle/ri/156302022-07-29T13:43:39Z2014-08-15T00:00:00ZTítulo: Análise de redes sociais e processos de integração grupal: avaliando os impactos da política afirmativa de cotas em uma universidade pública
Autor(es): Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt; Ribeiro, Elisa Maria Barbosa de Amorim; Peixoto, Adriano de Lemos Alves; Miranda, José Garcia Vivas; Cruz, Flávia Vitória; Amaral, Lorene Luize Lisboa; Oliveira, Ludmila Maria Góes; Arruda, Monalisa; Souza, Verônica Andrade Souza
Abstract: As universidades públicas no Brasil tem progressivamente aderido à política afirmativa de cotas com o objetivo de ampliar o contingente de grupos minoritários no ensino superior. Apesar da inserção assegurada pelo vestibular, o processo de integração dos cotistas na universidade ainda está por acontecer. No contexto universitário, torna-se preciso conhecer os impactos da adesão ao sistema de cotas e compreender como os atores universitários (professores, funcionários, estudantes) a favor ou contra as cotas têm convivido e quais as consequências deste padrão de interação para a permanência do cotista e a sua inclusão pela comunidade universitária. Estudos capazes de associar mapeamentos das relações entre cotistas e não cotistas e representações sobre a política de cotas podem trazer contribuições interventivas ao problema da integração de estudantes cotistas na universidade, embasando a implementação de ações favoráveis a consolidação deste processo de inclusão. A teoria de Redes Sociais permite compreender elementos estruturais e da dinâmica relacional de atores. Este estudo analisou padrões de interação entre estudantes cotistas e não cotistas em diferentes cursos de graduação da UFBA e a percepção destes sobre a interação e suas influências na vivência acadêmica. Através de um questionário semi-estruturado, foram mapeadas as relações de amizade, informação, lacuna e rejeição entre 1086 estudantes cotistas e não cotistas em cursos da UFBA de alta e baixa concorrência, no primeiro, terceiro e quinto semestres (corte transversal). Foram realizados três grupos focais sobre as cotas na UFBA, no curso e na turma. Os participantes foram estudantes de cursos de alta concorrência da área de humanas. Os resultados indicam maior tendência à separação entre os grupos nos cursos de alta concorrência e nas redes de amizade e informação. Quando observadas por subgrupos, os não cotistas apresentam maior endogenia no grupo, principalmente nos cursos de alta concorrência. Ao refletir sobre a interação entre os dois grupos, a separação na turma é mais percebida pelos alunos cotistas. No discurso dos não cotistas esta distinção aparece com maior frequência em relatos sobre outros cursos e no trato dos professores com alunos cotistas. Em geral os estudantes consideram que é papel da universidade atuar no processo de integração dos alunos e avaliam como relevante explicitar questões veladas no debate sobre políticas afirmativas. Como organização, a universidade precisa gerir a implementação das cotas como uma mudança de cultura organizacional de maneira a viabilizar uma convivência favorável a todos.
Tipo: Relatório de Pesquisa2014-08-15T00:00:00ZTrajetórias acadêmicas e construção de significados e sentidos na transição dos bacharelados interdisciplinares à formação em psicologia na UFBALima, MônicaCoutinho, DeniseAlmeida Filho, Naomar Monteiro deSampaio, Sônia Maria Rochahttps://repositorio.ufba.br/handle/ri/56602022-07-05T17:03:03Z2012-04-19T00:00:00ZTítulo: Trajetórias acadêmicas e construção de significados e sentidos na transição dos bacharelados interdisciplinares à formação em psicologia na UFBA
Autor(es): Lima, Mônica; Coutinho, Denise; Almeida Filho, Naomar Monteiro de; Sampaio, Sônia Maria Rocha
Abstract: Entre 2006 e 2009, a UFBA concebeu e implantou parcialmente o modelo curricular de ciclos, com base em uma nova modalidade de curso de graduação: Bacharelados Interdisciplinares (BI). Atualmente, aproximadamente 1.600 vagas são oferecidas em quatro opções de BI: Humanidades, Artes, Ciência & Tecnologia e Saúde. Em 2009, o Instituto de Psicologia propõe a Área de Concentração Estudos da Subjetividade e do Comportamento Humano (AC-ESCH), como possibilidade de transição entre os BIs e o Curso de Progressão Linear de Formação de Psicólogo. O BI-UFBA, e seus desdobramentos, por exemplo, a oferta organizada de vagas para egressos do BI para os Cursos de Progressão Linear (CPL), formam uma proposta inovadora que precisa ser submetida ao escrutínio interrogativo à altura das condições de possibilidades de sucesso que conformam tais mudanças. Iniciando esta linha de pesquisa, propomos a relação do BI-UFBA com um domínio específico – o CPL em Psicologia, sediado no Instituto de Psicologia da UFBA (CPL-Psico) – como contexto de pesquisa. Temos como objetivo geral analisar significados e sentidos atribuídos por egressos dos BI ao processo de escolha do Curso de Psicologia como carreira profissional e suas expectativas para o exercício da profissão. A concepção e a organização do ensino superior no Brasil reforçam profissionalização precoce de jovens, pois, muito tenramente, eles devem decidir a profissão futura. Sabe-se que a formação profissional não é a única (e talvez nem a mais importante) função da universidade. Muitas questões merecem investimento intelectual. Por que os egressos do BI, ao serem expostos ao ensino não profissionalizante e adquirindo algumas das habilidades citadas, escolhem o CPL-Psico e não se direcionam ao mundo do trabalho? Quais os significados e sentidos envolvidos no processo de escolha profissional de egressos do BI? Que expectativas têm esses sujeitos sobre a escolha da Psicologia como carreira profissional e sobre o exercício dessa profissão? Quais os significados e sentidos político-pedagógicos da proposta da AC-ESCH? Qual a perspectiva concreta do BI tornar-se primeiro ciclo da formação em Psicologia? Como estratégia metodológica, realizaremos uma etnografia focalizada, com vistas a identificar padrões e pontos focais da vida cultural e social dos estudantes nesse contexto. Os sujeitos da pesquisa serão os estudantes egressos do BI-UFBA que ingressarem no Curso de Psicologia, professores e dirigentes do IPS e IHAC. Dentre as principais técnicas, utilizaremos entrevistas semi-estruturadas com informantes-chave. Esta pesquisa se inspira no modelo teórico-metodológico do Sistema de Signos, Significados e Práticas-S/ssp conduzida por um dos co-autores deste projeto. O S/ssp é constituído de três níveis para a abordagem de um problema de investigação: o factual, o narrativo e o interpretativo. Como resultado, estimamos oferecer uma análise consistente dessa experiência inovadora de formação acadêmica em ciclos, possibilitando a um só tempo o acompanhamento e a avaliação do modelo. A pesquisa pretende ainda estimular e orientar trabalhos acadêmicos de IC, Mestrado e Doutorado sobre o tema, visando à articulação com investigações similares conduzidas em outras universidades que têm adotado modelos de formação equivalentes.
Tipo: Outros2012-04-19T00:00:00Z