https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34310
metadata.dc.type: | Tese |
Title: | Envelhecer não é igual para todos: significados de envelhecer bem para mulheres idosas que tiveram e que não tiveram filhos. |
Authors: | Chaves, Sara Santos |
metadata.dc.creator: | Chaves, Sara Santos |
Abstract: | O tema do envelhecimento tem entrado na pauta das investigações acadêmicas brasileiras com maior frequência depois que o aumento da longevidade da população se fez evidente. O fato é que, embora a velhice sempre tenha estado presente em nossas vidas, é justamente na contemporaneidade que ela se torna um “problema” previdenciário e de saúde pública para os governos. Salientamos que neste estudo, a investigação sobre a velhice não foi direcionada pela perspectiva da velhice como problema a ser resolvido, mas a da velhice como fenômeno a ser compreendido por engendrar uma etapa do ciclo da vida, a ser experienciada por uma parcela das pessoas. Dessa maneira, baseando-nos na perspectiva da Psicologia Cultural, esta investigação teve o objetivo de analisar as transformações que ocorrem no campo do self, destacando a natureza afetivo-dialógico-semiótica dos processos de autorregulação ocorridos quando se ingressa na categoria social “ser velho”, envolvendo a construção de novos significados de si e do mundo, em direção a um envelhecer bem. Mais especificamente, buscou-se descrever sob que condições uma pessoa se torna “velha”; sob que condições uma pessoa considera que envelhece bem, a partir da experiência de ter ou não ter filhos; e analisar a experiência da temporalidade na velhice. Os resultados da investigação indicaram que, apesar de geralmente ser enquadrada num grupo homogêneo, a pessoa que envelhece tem características heterogêneas, fugindo aos padrões tradicionais de caracterização, quais sejam ser dependente, ser necessariamente vulnerável e ‘gagá’. Ao contrário, o conflito de significados gerados pela ambivalência ‘ser velha (o)’/ ‘não ser velha (o)’, gerou novas formas de experienciar a velhice entre os participantes, contribuindo para uma transformação dos significados do ser velho tanto no âmbito da cultura pessoal, quanto no da cultural coletiva, engendrando um processo de transição e transformação dos significados da cultura coletiva acerca do que significa ser velho (a). Os resultados também evidenciaram que políticas públicas que privilegiem a manutenção da agentividade da pessoa que envelhece, bem como sua autonomia financeira e manutenção de vínculos em sua rede social, contribuem para um envelhecer bem. A temporalidade na velhice foi percebida como tendo íntima relação com os significados construídos ao longo da trajetória de vida da pessoa que envelhece, bem como a existência de um sentido na vida; sendo os planos para o futuro redimensionados,conforme os significados construídos pela pessoa que envelhece acerca do que é ser velho,para planos de curto e médio prazo, através de percepções do futuro mediadas por signos tipo campo – que privilegiam a emergência da novidade, e portanto a continuidade do desenvolvimento – e por signos tipo ponto, mais focados em circunstâncias específicas e menos flexíveis à transformação. |
Keywords: | Velhice Envelhecer bem Promoção da Saúde Mediação Semiótica |
metadata.dc.subject.cnpq: | Saúde Coletiva |
metadata.dc.publisher.country: | brasil |
metadata.dc.publisher.initials: | ISC-UFBA |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
metadata.dc.rights: | Acesso Aberto |
URI: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34310 |
Issue Date: | 4-Oct-2021 |
Appears in Collections: | Tese (ISC) |
File | Description | Size | Format | |
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