Abstract: | O trabalho procura situar as relações entre a urbanização, a proletarização e o tamanho e composição das famílias, interpretando-as em função das configurações
do mercado de trabalho baiano. As articulações entre o
tamanho da família e a economia de subsistência são
substituídas por novas articulações entre os encargos da
reprodução, o número de componentes e os
determinantes sócio-culturais relacionados ao ciclo vital familiar,
o que corresponde a um padrão de organização marcado
pela redução do número de componentes, a participação
de outros membros no mercado de trabalho e modificações
na realização das tarefas necessárias à reprodução da vida
imediata. Dentro desse quadro, o crescimento do emprego
verificado na Bahia torna-se predominante entre
os chefes de família e está associado a um aumento da
freqüência de famílias pequenas, presentes em frações do
proletariado urbano, cuja constituição recente incorpora uma
força de trabalho relativamente jovem e que se encontra em
etapas iniciais do ciclo de constituição das famílias. Ao lado
disso, as famílias maiores são localizadas de modo
predominante entre chefes de família que exercem atividades
autônomas e encontram-se em faixas etárias mais avançadas. |