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dc.creatorVicta, Ana Gabriela Lima Bispo de-
dc.date.accessioned2023-10-03T14:27:21Z-
dc.date.available2023-10-03T14:27:21Z-
dc.date.issued2022-06-02-
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufba.br/handle/ri/37940-
dc.description.abstractThis is an ethnography about Atenas Program - a counter-hegemonic service (to the national current model) and "humanized" care to women undergoing abortion (provoked or spontaneous), in a public maternity hospital in the Northeast of Brazil - and the subjects involved (participants and professionals) in the initiative. The scientific literature points out that the abortion care model proposed by the ministerial Technical Standard 2005/2011 is not being followed by health services. There is emphasis on the technical component, devaluation of the professional-user relationship, little participation of women in decisions about their sexual and reproductive health, and neglect of reproductive planning. Facing this problem, the Atenas Program emerges as an alternative proposal to such a model. Guided by principles of humanization and by the aforementioned technical standard, the Atenas Program proposed a multiprofessional approach (in- and out-of-hospital) to women undergoing abortion in the studied maternity hospital. Between July and September 2018, in addition to participant observation, semi-structured interviews were applied with 16 members of the program and 35 professionals of the institution, of which 10 were in the core team of the "project". For the participants, in addition to the opportunity to elaborate feelings related to the abortion, the initiative provided an opportunity to finalize it in a longer, but safe, discreet way, at home, without removing them from family life and with less impact on the management of their social and work routine. At the same time, the non-immediate resolution of the abortion, characteristic of the methods proposed by the initiative, made evident in them the fear of infection and death due to the permanence of the "dead fetus in the belly". In this context, many suffered pressure from their close support network for uterine curettage. From the professionals' point of view, the Atenas Program represented a strategy of humanized care to these women that, facing the demands of pregnant women and neonates, had little opportunity to be assisted during hospitalization. The core team members praised the nurses' telemonitoring and the multiprofessional approach, which included psychosocial care - peculiarities that favored individualized care, the bond with the participants, and the women's autonomy. For the professionals of the institution, the Atenas Program helped in the turnover of obstetric beds, in reducing hospital costs, and in demystifying compulsory uterine curettage. However, it was observed that the Atenas Program was a recent and fragile initiative that was struggling for consolidation. Silencing about induced abortion was also perceived. By symbolically transforming all participants into "mothers" who lost a "child," the Atenas Program offered women who had spontaneous abortions a space to elaborate their feelings and, for those who induced them, provided moral protection and the opportunity to access integrated care. This silencing also prevented professionals from confronting their personal dilemmas about the issue and not running into the professional purpose of "saving lives" - given that, in the Brazilian social context and in the health field, fetal vitality is still paramount to the woman's well-being. Given the incipience of initiatives to improve abortion care for women, analyzing this experience was relevant.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletivapt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/*
dc.subjectAbortopt_BR
dc.subjectAborto Espontâneopt_BR
dc.subjectSaúde da Mulherpt_BR
dc.subjectHumanização da Assistênciapt_BR
dc.subjectTelemonitoramentopt_BR
dc.subjectTelemonitoramentopt_BR
dc.subject.otherAbortionpt_BR
dc.subject.otherMiscarriagept_BR
dc.subject.otherWomen's Healthpt_BR
dc.subject.otherHumanization of Assistancept_BR
dc.subject.otherTelemonitoringpt_BR
dc.subject.otherHealth Personnelpt_BR
dc.titleUma etnografia de um serviço extra hospitalar a mulheres em situação de abortamento “humanizado” em uma maternidade pública do nordeste brasileiro.pt_BR
dc.title.alternativeAn ethnography of an extra-hospital service for women in situations of “humanized” abortion in a public maternity hospital in northeastern Brazil.pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)pt_BR
dc.publisher.initialsISC-UFBApt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVApt_BR
dc.contributor.advisor1McCallum, Cecília Anne-
dc.contributor.advisor-co1Menezes, Greice Maria de Souza-
dc.contributor.referee1McCallum, Cecília Anne-
dc.contributor.referee2Menezes, Greice Maria de Souza-
dc.contributor.referee3Aquino, Estela Maria Motta Lima Leão de-
dc.contributor.referee4Adesse, Leila-
dc.contributor.referee5Madeiro, Alberto Pereira-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/9133393187763708pt_BR
dc.description.resumoTrata-se de uma etnografia sobre o Programa Atenas - serviço contra hegemônico (ao modelo vigente nacional) e “humanizado” de atenção a mulheres em situação de abortamento (provocado ou espontâneo), de uma maternidade pública do nordeste - e os sujeitos envolvidos (participantes e profissionais) na iniciativa. A literatura científica aponta que o modelo de atenção ao abortamento proposto pela Norma Técnica ministerial de 2005/2011 não está sendo acatado pelos serviços de saúde. Há ênfase no componente técnico, desvalorização da relação profissional-usuária, pouca participação das mulheres nas decisões acerca da sua saúde sexual e reprodutiva, e negligência do planejamento reprodutivo. Diante desta problemática, o Programa Atenas surge como uma proposta alternativa a tal modelo. Norteado por princípios da humanização e pela referida norma técnica, o Programa Atenas propunha uma abordagem multiprofissional (intra e extra hospitalar) às mulheres em situação de aborto na maternidade estudada. Entre julho e setembro de 2018, além da observação participante, foram aplicadas entrevistas semiestruturadas com 16 integrantes do programa e 35 profissionais da instituição, dos quais 10 eram na equipe nuclear do “projeto”. Para as participantes, além da oportunidade de elaborar sentimentos relacionados ao abortamento, a iniciativa oportunizou a sua finalização de forma mais demorada, porém segura, discreta, no domicílio, sem retirá-las do convívio familiar e com menos impactos na gestão da sua rotina social e laboral. Ao mesmo tempo, a não resolução imediata do abortamento, característica dos métodos propostos pela iniciativa, evidenciou nelas o medo da infecção e da morte devido à permanência do “feto morto na barriga”. Neste contexto, muitas sofreram pressão da sua rede de apoio próxima pela curetagem uterina. Do ponto de vista dos profissionais, o Programa Atenas representava uma estratégia de cuidado humanizado a estas mulheres que, frente às demandas de gestantes e neonatos, tinham pouca oportunidade de serem assistidas durante a internação. Os integrantes da equipe nuclear enalteceram o telemonitoramento das enfermeiras e a abordagem multiprofissional, que incluía o atendimento psicossocial - peculiaridades estas favoreciam à atenção individualizada, ao vínculo com as participantes, e à autonomia da mulher. Para os profissionais da instituição, o Programa Atenas ajudava na rotatividade de leitos obstétricos, na redução de custos hospitalares e na desmistificação da curetagem uterina compulsória. Contudo, observou-se que o Programa Atenas era uma iniciativa de implantação recente e frágil, que lutava pela consolidação. Percebeu-se ainda o silenciamento sobre o aborto provocado. Ao transformar simbolicamente todas as participantes em “mães” que perderem um “filho”, o Programa Atenas oferecia às mulheres em situação de abortamento espontâneo um espaço para elaboração de sentimentos e, àquelas que o induziram, proporcionava uma proteção moral e a oportunidade de acessar o cuidado integrado. Este silenciamento também evitava que os profissionais confrontassem seus dilemas pessoais sobre o assunto e não esbarrassem no propósito profissional de “salvar vidas” – tendo em vista que, no contexto social brasileiro e na área da saúde, a vitalidade fetal ainda é soberana ao bem-estar da mulher. Face a incipiência de iniciativas de melhoria da atenção ao abortamento às mulheres, analisar esta experiência foi relevante.pt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Saúde Coletiva - ISCpt_BR
dc.type.degreeDoutoradopt_BR
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