Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36953
Tipo: Tese
Título: Geografias insurgentes: práticas espaciais e a luta pela autonomia da juventude negra e periférica em Salvador-BA
Título(s) alternativo(s): Insurgent geographies: spatial practices and the struggle for autonomy of black and peripheral youth in Salvador-BA
Autor(es): Santos, Célio José dos
Primeiro Orientador: Serpa, Angelo Szaniecki Perret
metadata.dc.contributor.referee1: Serpa, Angelo Szaniecki Perret
metadata.dc.contributor.referee2: Dias, Clímaco César Siqueira
metadata.dc.contributor.referee3: Barbosa, Jorge Luiz
metadata.dc.contributor.referee4: Turra Neto, Nécio
metadata.dc.contributor.referee5: Hita, Maria Gabriela
Resumo: Na última década, emergiram na cena cultural da cidade de Salvador inúmeros saraus literários, que se espalharam pela cidade, e, em sua maioria, organizados pela juventude negra, pobre e periférica, a qual enxergou no sarau uma forma de mobilização e auto- organização política baseada nos princípios libertários: autogestão, autonomia, ajuda mútua e horizontalidade. Nesse contexto, partindo do princípio de que os coletivos e as manifestações culturais têm sido um laboratório bastante profícuo de experimentação sobre novas formas de operar a política (GHON, 2016), a presente tese tem como objetivo discutir as práticas espaciais insurgentes da juventude, debruçando-se sobre dois coletivos: Bairro da Paz Vive – BDP - e Juventude Ativista de Cajazeiras – JACA; que, por sua vez, organizam os saraus em dois bairros populares da capital baiana, respectivamente: Bairro da Paz e Cajazeiras. Desta forma, busca-se responder às seguintes questões: como são construídos e operacionalizados os princípios libertários nos coletivos pesquisados? Como a ciência geográfica se relacionou/relaciona com o pensamento libertário? Como as práticas espaciais insurgentes desses jovens reverberam no espaço geográfico? Quem são esses jovens e como eles representam (vivem, percebem e experienciam) a juventude? Qual a amplitude das redes de sociabilidade que são tecidas nos saraus e a escala de atuação desses coletivos? Ao final, constatamos que o sarau assume um papel potente na/para a construção de redes de sociabilidade dos jovens na cidade: é a encruzilhada (ROSÁRIO, 2019), o lugar de encontro, de aprender, de fazer, de debater e de construir e de operar a política. O sarau é o nó da rede das tramas de relações que são tecidas na cena política e cultural soteropolitana; é o espaço da produção da autonomia da juventude, é o lugar onde os jovens estão vivenciando, experienciando e construindo um outro modo de ser jovem negro, pobre e periférico na cidade de Salvador.
Abstract: In the last decade, numerous literary soirees emerged in the cultural scene of Salvador City; these soirees, which have been spreading throughout the city, are organized, in their majority, by black, poor and peripheral youth, who took the the soiree as a form of political mobilization and self-organization based on libertarian principles: self-management, autonomy, mutual aid, and horizontality. In this context, based on the principle that collectives and cultural manifestations have been a very fruitful laboratory for experimenting new ways of operating politics (GHON, 2016), this thesis aims to discuss the insurgent spatial practices of youth, focusing on two collectives, Bairro da Paz Vive – BDP and Juventude Ativista de Cajazeiras – JACA, which, in turn, organize the soirees in two popular neighborhoods of the Bahian capital, respectively: Bairro da Paz and Cajazeiras, seeking to answer the following questions: how are libertarian principles constructed and operationalized in the researched collectives? How did geographic science relate, or how does it relate to libertarian thought? How do the insurgent spatial practices of these young people reverberate in geographic space? Who are these young people and how do they represent (live, perceive and experience) youth? What is the amplitude of the sociability networks that are woven in the soirees and what is the scale of action of these collectives? In the end, we found that the soiree plays a powerful role in/for the construction of sociability networks for young people in the city: it is the crossroads (ROSÁRIO, 2019), the place for meeting, learning, doing, debating, building, and operating politics. The soiree is the node in the network of relationships that are woven in the political and cultural scene in Salvador; it is the space for the production of youth autonomy, where young people are experiencing and building another way of being a poor and peripheral young black person, in Salvador City.
Palavras-chave: Práticas espaciais insurgentes
Princípios libertários
Sarau
Juventude -- Negra
Geografia
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Instituto de Geociências
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO) 
Citação: SANTOS, Celio José dos. Geografias insurgentes: práticas espaciais e a luta pela autonomia da juventude negra e periférica em salvador - BA. 2022. 335 f. Tese (Doutorado em Geografia) Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, 2022.
Tipo de Acesso: CC0 1.0 Universal
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36953
Data do documento: 15-Dez-2022
Aparece nas coleções:Tese (POSGEO)

Arquivos associados a este item:
Não existem arquivos associados a este item.


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons